Salva de tiros em homenagem aos heróis.
Jornal da Cidade nº 3.668 - 04/04/1984.
Cortejo Fúnebre.
Jornal da Cidade nº 3.668 - 04/04/1984.
Cortejo Fúnebre.
Jornal Gazeta de Sergipe nº 7.624 - 04/04/1984.
Saída do Cortejo precedido de viaturas policiais.
Jornal da Cidade nº 3.668 - 04/04/1984.
Jornal Gazeta de Sergipe nº 7.624 - 04/04/1984.
Walter Lopes - Saia Justa.
Jornal Gazeta de Sergipe nº 7.624 - 04/04/1984.
Jornal Gazeta de Sergipe nº 7.624 - 04/04/1984.
No dia 03/04/1984 um crime comoveu a população da então pacata Cidade de Aracaju: O crime do Hotel Casarão.
Os envolvidos:
- José de Aragão Carvalho, 37 anos (Militar desde 1966 e como Oficial foi transferido para o quadro da Polícia Civil como Delegado de Polícia);
- Walter Lopes, 44 anos (Policial Civil desde 1961), também conhecido pelo apelido de "Saia Justa" por vestir roupas apertadas.
- Elemento conhecido pela alcunha de "Galo Preto" (Portava Cédula de Identidade falsa).
O crime:
Segundo Jornais da época, José de Aragão Carvalho e Walter Lopes(Saia Justa) no dia 03/04/1984, saíram do Bar do Meio da Rua (Próximo ao prédio do INSS) onde haviam lanchado, e seguiram para a Praça da Estação Rodoviária (Terminal Luiz Garcia) para investigar uma denúncia. Lá chegando foram alcançados por um informante que avisou que o suspeito de ter matado o taxista Lindolfo Paixão(52 anos) e roubado o seu veículo na noite anterior, estaria hospedado no Hotel Casarão (Ao lado do Supermercado Bompreço, onde atualmente funciona uma Galeria). Lá chegando, foram à recepção e perguntaram se havia um homem com as características do procurado pelo crime do taxista. O recepcionista respondeu que tinha, mas se tratava de um motorista de uma Empresa de transportes. Então, os investigadores resolveram checar se realmente era o elemento que procuravam, quando de repente, "Galo Preto" saiu do quarto atirando e acertando a boca de José de Aragão e o coração de Walter Lopes(Saia Justa) que ainda conseguiu acertar três tiros no bandido (Galo Preto). Os três envolvidos vieram a óbito.
Segundo depoimento de outros policiais, o que determinou o cerco do Centro da Cidade, foi a localização do taxi que havia sido roubado.
O sepultamento:
Antes do cortejo com os dois caixões sair da Sede da Secretaria de Segurança Pública, foi rezada uma Missa Campal na Praça Tobias Barreto, a qual contou com a presença do Governado do Estado (João Alves Filho), Secretários de Estado, Autoridades Militares e Civis, bem como milhares de pessoas.
O cortejo seguiu pela Rua Itabaiana, passando em frente ao Quartel Central da Polícia Militar, onde um Pelotão o aguardava, prosseguiu pela Rua Itabaianinha até o Cemitério Santa Isabel, onde o corpo do Tenente Aragão foi sepultado. Um Pelotão composto por 26 soldados deu uma salva de 78 tiros em homenagem aos heróis. Logo após, o cortejo seguiu com o corpo de Walter Lopes até o Cemitério da Cruz Vermelha (Cambuís), onde ocorreu o sepultamento.
O taxista Lindolfo Paixão foi sepultado no mesmo dia no Cemitério São João Batista.
30 comentários:
Mais um fato marcante na histõrioa de Aracaju.
Fico agradecido pela atenção, pelo qual foi-me dada, já que havia dado a dica desta história.
Outra dica que posso citar seria "aquela ventania que arrasou o mercado".
Sds,
Emerson Fontes
Gostei da bordagem sobre o crime do hotel casarão, contudo convem frisar qua na foto onde apareçe um fusca como carro de policia isso não reflete a verdade, uma vez que em 1984 já não havia mais na policia este modelo de viatura.
Por incrivel que pareça gosto de relembrar esse fato, afinal na época eu tinha apenas 9 anos, mas até hoje me emociono. Sou filha de Aragão.
Muito obrigada ao que pra mim e´uma homenagem.
Elaine
Elaine,
Sinto muito pelo seu pai, soube que foi um policial destemido, mas o que me chama a atenção desta história é ao que me parece até hoje ningupem sabe o que aconteceu na verdade.
O fato é que marcou o estado de sergipe inteiro e que infelizmente vitimou seu Pai, o que mais vc pode ter é muito orgulho dele.
Muito interessante, meu pai me falou desse caso ontem, ele disse que antes do crime tinha ido ao hotel junto com outro policial por causa de um caso de roubo que teve la e algumas horas apos ter saido de la soube do crime desses 2 policiais que inclusive eram amigos dele.
Olhando Aracaju através desta história antiga,vemos o avanço que se deu nos pensamentos de muitas pessoas,Inclusive,o meu!Aquela velha forma de tacharmos como bom,honesto,verdadeiro,herói e outros linguajares,sem termos o devido conhecimento de certos assuntos,sem se ter uma visão critica do que realmente aconteceu,ou do que é,simplesmente,porque a mídia colocou na mente das pessoas,não soa bem aos meus ouvidos!Temos,que analisarmos tudo.Como por,exemplo:Um destes policiais,levou um tiro no coração,e mesmo assim acertou três tiros no cidadão que ainda suspeitavam,mas não se tinha ainda a plena certeza,que era o verdadeiro criminoso!Na minha opinião,do jeito que a policia é,eu acredito que os policiais atiraram primeiro,e o suposto criminoso,que não "tinha nada a perder"revidou,mas como sempre as histórias sempre são criadas para favorecerem alguém,e nesse caso,para de fender a imagem da "imaculada"policia sergipana.
Igor Rozendo.
Gostária de frisar tambem, que na madrugada do dia 03/04/1984, ouve um fato que poucos sabem ou deixaram de relatar, é que além dos dois policiais assassinados no Hotel Casarão, o bandido baleou de raspão na cabeça outro policial civil, esse policial o abordou dentro de um taxi, quando pediu os documentos ao bandido o bandido já o recebeu com tiros, o policial sobreviveu porque caiu e fingiu-se de morto, o fato ocorreu nas proximidades da maternidade Santa Helena, sito a rua Frei Paulo. O policial atingido é , José Rozendo, conhecido como (Rozendinho).Depois de atirar no policial que o abordou o bandido pediu ao taxista que o levasse ao Hotel Casarão onde aconteceu esse triste fato!
Eu, Igor Rozendo, filho do policial que sobreviveu a esse atentado, na época eu só tinha 3 dias de vida.
Só quem sabe o que passou dentro do hotel eram os que morreram e o recepcionista, que se tivesse vivo poderia detalahr o ocorrido.
"Anônimo Anônimo disse...
Muito interessante, meu pai me falou desse caso ontem, ele disse que antes do crime tinha ido ao hotel junto com outro policial por causa de um caso de roubo que teve la e algumas horas apos ter saido de la soube do crime desses 2 policiais que inclusive eram amigos dele."
A postagem acima, feita no dia 03 de fevereiro se refere a mim, que estive (junto com o colega Renaldo Souza - assassinado em 1997)no Hotel Casarão 2 horas antes do fato em tela. Eu estava recem entrado na PC (sou do primeiro concurso público) e no dia 03 de abril de 1984 eu estava no plantão de 24 horas na Segunda DM.
Na verdade eu não era amigo dos policiais mortos, porquanto não tinha nenhum vínculo com ambos, a não ser por sermos parte de uma mesma instituição. Eu ainda estava preste a completar 2 meses de serviço.
Como ilustração, naquela época a PM possuia alguns VW Sedan (Fuscas), VW Brasília e as famosas GM Veraneio.
Estou colhendo material para um compêndio que estou fazendo sobre este fato.
O que mais me chama atenção é que 2 policiais experientes, da equipe do Cel. Barreto Mota, morreram dessa forma. Acho que o tipo de abordagem que fizeram foi o erro maior. Comentários de um familiar meu que trabalhava na Criminalística na época, disse que O Tenente Aragão não tinha nem entrado na recepção do hotel, foi meio que bala perdida por que o marginal queria transpor o bloqueio policial e saiu do quarto atirando.
NOSSA!...EU MIM LEMBRO DESSE CRIME ATÉ HOJE. MESMO PORQUE, JOSÉ DE ARAGÃO, ERA CASADO COM A SOBRINHA DO MEU PAI.EU ERA CRIANÇA NA ÉPOCA, MAIS MIM LEMBRO MUITO BEM DELE:ERA UM HOMEM DE MUITA CORAGEM!SAUDADE...
Eu me lembro de Saia Justa quando fazia ronda nos bordéis de Aracaju, verificando como tava correndo nas áreas em termo de tranquilidade. Tô sabendo melhor agora como foi essa tragédia aqui na INTERNET, os 3 corpos foram um cortejo avantajado e o do bandido, ñ sei se teve cortejo, pois nas épocas do cangaço, quando a polícia matava um cangaceiro, ñ tinha esse negócio de caixão e cemitério, ñ. Cavava um buraco qualquer no campo e enterrava. O cangaceiro Jararaca levaram ainda vivo, á noite, em Mossoró, p,ro cemitério e lá deram uma paulada e enterraram. Até hj em Mossoró existe um ritual turístico em todo mês de junho, dia 12, sobre o decorado túmulo hj em dia. Isso como um ponto histórico e nas igreja ñ pode tapar a parede os furos da s balas como histórico
Eu sou carlos eduardl moises lopes sobrinho neto e pela 1 vez vejo o fato como aconteceu nao lembro dele pois na epoca tinha 3 anos de idade bem so me resta esse registro sobre o famoso saia justa...
Eu sou carlos eduardl moises lopes sobrinho neto e pela 1 vez vejo o fato como aconteceu nao lembro dele pois na epoca tinha 3 anos de idade bem so me resta esse registro sobre o famoso saia justa...
Realmente, bem observado.
Uma matéria bem interessante, acompanhei o caso passo a passo. Contudo não houve nenhum ato de heroísmo como pregava a matéria, até porque o saia justa de herói nunca teve nada.
Realmente, bem observado.
Esse caso ja ouvir muito nos bares de aracaju
Olá estaremos reproduzindo essa história em nossa página.
Pagina de Amparo do São Francisco.
Sabe-se sim. Lei a matéria que eu acabei de postar abaixo.
Olá, eu tinha 09 anos também, lembro que morava em uma fazenda e o rádio falava muito, eu como criança, fiquei bem emocionado. É tinha muita pena dos que ficaram sem pai, lembro que falava dos familiares. Forte abraço, bom saber que a vida seguiu, ela sempre segue.
Concordo que não se sabe o que aconteceu, uma vez que saía justa deu 3 tiros no bandido, depois que levou um tiro no coração? Muito improvável, na época, foi me dito por um delegado familiar, que quem matou o bandido foi um terceiro homem que estava fora do hotel. Essa história circulou bem na época e acredito que foi a real. Mas ficou preferido esse desfecho. Nada muda.
Será que esse prédio ainda existe ?? Não me recordo onde se fica . Alguém pode me ajudar ?
O companheiro acima que falou não existir à época do fato aqui em comento, está EQUIVOCADO vez que eu no dia dessa ocorrência policial, eu tinha um ano de serviço na PMSE e por muitas vezes fiz RONDAS nos bairros de Aracaju, utilizando viaturas tipo WV FUSCA.
José Awgwsto, você está equivocado. Haviam fuscas e brasilias na PMSE, nessa época.
Você não sabe de nada, fique sem saber
Verdade, trabalhei com Rosendo!
Eu Rivaldo Alves soldado da polícia Militar recém chegado estive no sepultamento do então tenente ARAGÃO E DO SAIA JUSTA..CORDAO DE ESOLAMENTO.
No dia da morte do taxista, dois amigos estavam na porta da casa de um deles, viram o fusca do taxista se aproximar, parar, ouviram o estampido do tiro, em seguida viram o corpo ser jogado na rua e depois o homicida assumiu a direção do veículo. Deu para identificar que se tratava de uma pessoa preta e bem alta. Meus amigos tentaram entrar em casa, mas o portão estava fechado, então ficaram na porta e viram o fusca passar bem devagar. O bandido olhou para eles e cobriu o rosto com a camisa. Um dos rapazes foi no condomínio que eu morava, interfonou para mim e para o delegado Antônio Melo (já falecido), morador do mesmo condomínio. Na ocasião eu tinha 16 anos, fiquei curioso, fui ao local e cheguei a ver o taxista caído no chão, com uma perfuração na cabeça. Diante da descrição física do bandido, a polícia começou naquela noite uma caçada. Conversando depois com o delegado Antônio Melo, ele disse que o bandido escutou a conversa dos policiais com o recepcionista, estava no quarto ao lado e já saiu do quarto atirando. Atirava bem e mesmo baleado chegou a trocar de mão e continuou atirando. Ele falou também do tiro que atingiu o policial no rosto.
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