sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

LA CONGA: O CRIME QUE CHOCOU A POPULAÇÃO DE ARACAJU


La Conga.
Revista da Associação Sergipana de Imprensa nr. 06 - 1961.


Diariamente somos surpreendidos com notícias sobre a violência no Estado de Sergipe e em particular na cidade de Aracaju, veinculadas através dos meios de comunicação. Aracaju que já foi considerada uma cidade tranquila, torna-se cada dia mais parecida com as grandes capitais do Brasil. Na década de 60, como eram poucos os casos de violência em Aracaju, o assassinato de um menor chocou a população aracajuana:


O Caso La Conga


No dia 1º de maio de 1961, Antonio F. de Macedo, (Ex-Cabo do Corpo de Bombeiros e sapateiro) conhecido por La Conga, com a ajuda de sua companheira Edite M. de Jesus, assassinou o menor Carlos Werneck e enterrou o corpo em um areal nas proximidades do atual Instituto de Educação Rui Barbosa.
Segundo os Jornais da época, o crime chocou a população aracajuana e foi motivado por desentendimentos entre Antonio F. de Macedo (La Conga) e o pai de Carlos Wernek.
O corpo foi achado em adiantado estado de putrefação por pessoas que retiravam areia do local. Ao se depararem com o mesmo, procuraram as autoridades policiais. A Polícia e o Corpo de Bombeiros do Município procederam a retirada do corpo e chegaram a conclusão de que se tratava do menor Carlos Werneck. Segundo relatos, La Conga e sua companheira atraíram o menor para o quintal de sua residência, na Rua Santa Catarina - Bairro Siqueira Campos, lá taparam a boca do menor, deram uma cacetada e logo após o estrangularam. Inicialmente o corpo foi escondido em um armário e somente altas horas da madrugada é que foi levado para o areal, enrolado em uma esteira, e logo após enterrado.
La Conga, que trabalhava como sapateiro, teve o cuidado de passar uma tinta no objeto que deferiu o golpe na cabeça do menor. Com o passar do tempo, durante as investigações, foram encontradas manchas de sangue no armário e uma baleadeira que pertencia ao menor. Com estas provas, a Polícia não teve dúvidas da autoria do crime.
A solução do crime e a condenação dos criminosos, foi acompanhada pela população de Aracaju, através de jornais e do rádio que transmitiu o julgamento. Um dos programas de rádio foi o Calendário, da Rádio Liberdade, que era apresentado pelo locutor Santos Mendonça.
La Conga não era réu primário e foi condenado a 30 anos de reclusão e sua companheira a 21 anos.


La Conga faleceu em casa, vítima de um ataque cardíaco no ano de 1976, conforme noticiou o Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.412 de 23/04/1976.

Em 2008, na 8ª edição do Curta-SE - Festival Ibero-Americano de Curtas-Metragens de Sergipe, foi apresentado um Documentário cujo título era : Você Conhece La Conga?, de Sérgio Borges, que narra relatos de parentes da vítima e de pessoas que acompanharam o caso.





Fontes: Jornal Gazeta de Sergipe nr. 1019 - 17/07/1961.


Jornal Gazeta de Sergipe nr. 1020 - 19/07/1961.


Revista da Associação Sergipana de Imprensa nr. 06 -1961.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

PROCISSÃO DO BOM JESUS DOS NAVEGANTES


Vista parcial da Igreja do Santo Antonio durante a Missa em homenagem ao Bom Jesus dos Navegantes.
Foto: José de Oliveira B. Filho.


Chegada da Imagem do Bom Jesus dos Navegantes - Igreja do Santo Antonio.
Foto: José de Oliveira B. Filho.


Fiéis conduzem em Procissão a Imagem do Bom Jesus dos Navegantes até a Igreja do Santo Antonio.
Foto: José de Oliveira B. Filho.


Desembarque da Imagem do Bom Jesus dos Navegantes - Ponte do Imperador - 01/01/2010.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




Desembarque da Imagem do Bom Jesus dos Navegantes - Ponte do Imperador - 01/01/2010.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




Embarcação conduzindo a Imagem do Bom Jesus dos Navegantes.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




Imagem do Bom Jesus dos Navegantes sendo conduzida em Procissão fluvial pelo estuário do Rio Sergipe - 01/01/2010.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




Fiéis ao longo das Avenidas Rio Branco e Ivo do Prado.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




Fiéis acompanham a Procissão do Bom Jesus dos Navegantes - 01/01/2010.
Foto: José de Oliveira B. Filho.





Procissão do Bom Jesus dos Navegantes.
MELINS, MURILLO. Aracaju romântica que vi e vivi. Anos 40 e 50. 3ed. Aracaju: Unit, 20076.




Procissão do Bom Jesus dos Navegantes.
Praça Fausto Cardoso e a Ponte do Imperador.
Fonte: Arquivo Público da Cidade de Aracaju.




Procissão do Bom Jesus dos Navegantes.
Fonte: Arquivo Público da Cidade de Aracaju.




No dia 1º de janeiro é realizada em Aracaju a Procissão do Bom Jesus dos Navegantes. No início a Procissão percorria várias ruas do centro da cidade, como informa o Diário Oficial nr. 1207 de 12 de janeiro de 1924:

" A comissão de festas de 1 de Janeiro, ainda uma vez, vem pedir aos catholicos por onde tem de passar a Procissão de Bom Jesus, amanhã, para ornamentarem as ruas que abaixo publicamos: Rua de Itabaiana, Praça Pinheiro Machado, rua do Angelim, Bairro Presidente Barbosa(antiga Fundição), Praça Fausto Cardoso, rua de Japaratuba, rua Divina Pastora e Avenida Santo Antonio".

Após este intinerário, dirigia-se até o ponto de embarque, do qual, barcos enfeitados saíam para percorrer o estuário do Rio Sergipe.
Atualmente, a Procissão com a imagem de Bom Jesus dos Navegantes sai da Catedral Metropolitana em direção ao Bairro Industrial, onde é colocada em uma embarcação. Na Procissão fluvial percorre um trecho do Rio Sergipe, acontecendo o desembarque na Ponte do Imperador. A partir deste momento a imagem é conduzida em Procissão até a Igreja de Santo Antonio, onde ocorre uma missa.