quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL E UM ANO NOVO DE PAZ E ALEGRIA

www.sal.zip.net


Natal é época de abrir o coração, amar, socorrer, perdoar, reconciliar.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CEMITÉRIO SANTA ISABEL


Placa na entrada do Cemitério Santa Isabel.
Foto: José de Oliveira B. Filho.



Cemitério Santa Isabel - Entrada.
Foto: José de Oliveira B. Filho.



Cemitério Santa Isabel


O primeiro cemitério da recém criada Aracaju foi construído em 1856 e denominava-se "Cemitério do Alto da Santa Cruz". Estava localizado no final da Rua São Cristóvão no trecho compreendido entre as Ruas Capela e Lagarto. Segundo Luiz Antônio Barreto, era um cemitério cercado de varas e foi visitado pelo Imperador D. Pedro II em 1860. Consta que o Imperador perguntou ao Vigário por que era tão pouco respeitado o jazigo dos mortos e este respondeu que era porque o povo ia à noite furtar a cerca do cemitério para fazer lenha.
Diante de tal situação, tempos mais tarde, o Imperador D. Pedro II enviou recursos para a construção de um novo cemitério, que contou com a ajuda da "Sociedade de São José dos Artistas", que ofereceu 20 oficiais pedreiros com os respectivos serventes, que trabalharam gratuitamente.
O Cemitério de Nossa Senhora da Conceição, atual Cemitério Santa Isabel, iniciou as suas atividades no dia 25/02/1862. As rendas do Cemitério foram entregues ao Hospital de Caridade Nossa Senhora da Conceição, atual Hospital Santa Isabel.
A Associação Aracajuana de Beneficência é a mantenedora dos Cemitérios Santa Isabel e Cruz Vermelha.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

FOTOGRAFIA: O ANTES E O DEPOIS


Portuário de Aracaju.


Rua da Aurora - 1890 - Atual Av. Ivo do Prado.


Jardim Olimpio Campos - 1907.

Antes - Rua Itaporanga - 1940.
Foto: Arquivo Fotográfico Verador Narcizo Machado.





Depois - Rua Itaporanga esquina com Av. Pedro Calazans.
Foto: José de Oliveira. B. Filho.




Antes - Rua Geru esquina com Rua Itabaianinha.
Foto: Arcevo Fotográfico Vereador Narcizo Machado.




Depois - Rua Geru esquina com Rua Itabaianinha.
Foto: José de Oliveira B. Filho.



Antes - Av. Pedro Calazans esquina com Rua Laranjeiras.
Década de 70.
Foto: Arquivo pessoal José de Oliveira B. Filho.



Depois - Avenida Pedro Calazans esquina com a Rua Laranjeiras.
Foto: José de Oliveira B. Filho.



Antes - Avenida João Ribeiro - 1936.
Foto: Arquivo Vereador Narciso Machado.



Depois - Avenida Simeão Sobral esquina com Av. João Ribeiro.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




A fotografia não possui um único inventor. Ela foi criada em momentos distintos da História, inicialmente com a descoberta da "Câmara Escura", cujo princípio ótico é atribuído ao chinês Mo Tzu no século V a.C. Na Grécia antiga o filósofo Aristóteles (384-322 a.C.) teceu comentários acerca da "Câmara Obscura". Com o aperfeiçoamento da "Câmara Escura" o Oficial da Marinha francesa, Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833), criou o processo de gravação de uma imagem com a luz solar. Ele obteve a imagem do quintal de sua casa, a qual foi considerada a primeira fotografia permanente do mundo. Esse processo foi batizado de Heliografia. Mas, foi com Louis Mandé Daguerre (1787-1851), com a invenção da Daguerreotipia (1839), que a fotografia tomou um maior impulso. Esse processo garantia uma maior durabilidade à imagem.
No Brasil, em 1830, o francês Antoine Hercules Romuald Florence, tendo a necessidade de uma Oficina Impresora inventou a "Polygraphie". Segundo anotações em seu diário, em 1832 ele descobriu um processo fotográfico de reprodução com o auxílio da luz solar, que chamou de "Photographie", anos antes da invenção de Daguerre.
Em Aracaju, segundo Luiz Antonio Barreto, a Fotografia tem notícia com as imagens colhidas em 1870 pelo Barão Homem de Melo e os Cartões Postais em preto e branco editados pelas Óticas Santana, Santa Luzia e a Casa Amador.


Através das fotos temos a oportunidade de comparar a evolução de determinados ambientes tais como ruas, praças, prédios, paisagens, etc., o chamado "antes e depois".
Mais informações sobre a origem da Fotografia: http://www.cotianet.com.br/

sábado, 7 de agosto de 2010

MANOEL BOMFIM




O objetivo desta postagem é o de comunicar em primeira mão o futuro lançamento do livro - Manoel Bomfim e a América Latina: A dialética entre o passado e o presente - organizado pelos Professores José Vieira da Cruz e Antonio Bittencourt Júnior - Aracaju: Editora Diário Oficial, 2010, 276 p.

O livro é composto de textos do Seminário Nacional Manoel Bomfim e a América Latina: A Dialética entre o Passado e o Presente, alusivo aos cem anos da publicação da obra "A América Latina: Males de Origem" de autoria de Manoel Bomfim, realizado pela Universidade Tiradentes, no II Encontro de História e Cultura em novembro de 2005. Também compõem o livro uma entrevista com a Professora Maria Thétis Nunes (1923-2009) sobre a Revista infantil O Tico Tico e um texto do próprio Manoel Bomfim.


Mas quem foi Manoel Bomfim?


Manoel Bomfim nasceu em 1868 na cidade de Aracaju e aos dezessete anos iniciou o estudo da Medicina na Bahia, concluindo-o no Rio de Janeiro. Um intelectual sergipano apaixonado pelo Brasil. Sua obra América Latina: Males de Origem (1905) sobre identidade latino-americana, cultura brasileira, educação e discursos anti-racistas, "foi uma crítica às convicções racistas dominantes e ao conservadorismo das elites políticas no país". Manoel Bomfim dedicou-se aos estudos sociais e a educação. Acima de tudo um Nacionalista.
Principais obras:
O fato psíquico(1904), Noções de Psicologia (1916), Pensar e dizer: estudos do símbolo e do pensamento (1923), Métodos do teste: com aplicação à linguagem do ensino primário (1928), O Brasil na América (1929), O Brasil na História (1930) e O Brasil Nação: Realidade da origem (1931).
Aguardem o lançamento do livro e conheçam mais sobre este ilustre sergipano.

domingo, 1 de agosto de 2010

PRAÇA SÃO FRANCISCO - PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE





Igreja e Convento de São Francisco.
SILVA, Clodomir. Àlbum de Sergipe - 1920.




Praça São Francisco.
SILVA, Clodomir. Álbum de Sergipe - 1920.




O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco anunciou neste domingo (01/08/2010) que a Praça São Francisco, em São Cristóvão-SE, foi considerada Patrimônio Cultural da Humanidade. Parabéns ao povo de São Cristóvão, aos sergipanos e brasileiros em geral.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A TRAGÉDIA NO MERCADO


Trapiche da Firma Cruz & Irmãos - Mercado das Verduras - À esquerda da foto.
BARRETO, Armando. Cadastro industrial, comercial, agrícola e informativo de Sergipe - 1938.





Prédio onde ocorreu a tragédia - Mercado das Verduras.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.749 - 18/06/1977.




Populares catando destroços após a tragédia.
Jornal da Cidade nr. 1.458 - 23/06/1977.



Veículo atingido pelas telhas que voaram do Mercado das Verduras.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.749 - 18/06/1977.




Parte interna do Mercado das Verduras após a tragédia.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.749 - 18/06/1977.




Destroços - Parte interna do Mercado das Verduras.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.749 - 18/06/1977.




Parte interna do Mercado das verduras após a tragédia.
Jornal Diário de Aracaju nr. 4.128 - 18/06/1977.



Telhas do Mercado das Verduras caíram sobre o Mercado Antonio Franco.
Jornal da Cidade nr. 1.454 - 19/06/1977.




Bombeiros retirando os destroços do Mercado das Verduras.
Jornal da Cidade nr. 1.454 - 19/06/1977.




Populares se aglomeraram em frente ao Mercado das Verduras.
Jornal da Cidade nr. 1.1454 - 19/06/1977.




Ambulâncias transportando os feridos para os Hospitais.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.749 - 18/06/1977.




Populares em frente ao Pronto Socorro do Hospital Cirurgia.
Jornal da Cidade nr. 1.454 - 19/06/1977.




Nota da Prefeitura Municipal de Aracaju.
Jornal da Cidade nr. 1.454 - 19/06/1977.




Nota de Agradecimento do Hospital Cirurgia.
Jornal da Cidade nr. 1.460 - 26-27/06/1977.





Local onde estava construido o Mercado das Verduras.
Às margens do Rio Sergipe.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




No dia 17 de junho de 1977 (sexta-feira), um redemoinho se formou no Rio Sergipe e partiu em direção ao antigo Mercado das Verduras, destruindo boa parte do telhado, que desabou, deixando um triste saldo de 09 mortos (dentre elas 05 soterradas pelos escombros) e 145 feridos.


Segundo os Jornais, por volta das 7:00 uma grande ventania começou a soprar na região do Cais do Porto, sendo seguida de um forte chuva. A ventania fez com que as telhas de zinco do Mercado das Verduras fossem atiradas a centenas de metros de distância. Com isso, a sustentação da cobertura do prédio não resistiu, desabando sobre os feirantes e os compradores. Calcula-se que por volta de 700 pessoas, entre feirantes e compradores, estavam no local no momento do desabamento.
Pesadas vigas de madeira foram levadas pelo vento, que caíram sobre vários barracos localizados nas adjacências dos Mercados Thales Ferraz e Antonio Franco, destruindo-os. Pedaços de zinco agarrados em madeira caíram sobre algumas pessoas e carros estacionados em frente ao Mercado das Verduras.
Logo após a tragédia, Soldados do Corpo de Bombeiros se dirigiram ao local para o resgate das vítimas e a retirada dos escombros. Ambulâncias do INPS, IPES, SESI, SINDIPETRO, Polícia Militar e PETROBRÁS transportaram os feridos para os Hospitais Cirurgia, Clínica dos Acidentados, Posto do INPS (Bairro Siqueira Campos), Hospital São José e Hospital da Polícia Militar. Populares, Escoteiros e vários estudantes dos Colégios CCPA e GCM colaboraram com a retirada dos escombros e verduras para o pátio da antiga Estação Ferroviária. O povo foi convocado a dirigir-se aos Hospitais para a doação de sangue.
A partir das 11:00 as Emissoras de Rádio passaram a transmitir recados dos feirantes para os seus parentes no interior do Estado.

O prédio onde estava localizado o Mercado das Verduras foi construido em 1918 e pertenceu a Firma Cruz & Irmãos. Era um Trapiche onde o açúcar era armazenado para o embarque nos navios. Na administração do Prefeito Aloísio Campos (1968-1970) foi alugado pela Prefeitura e passou a servir como Mercado das Verduras.
Em 1974, o então Prefeito Cleovansóstenes Pereira de Aguiar, pretendia demolir o prédio para a construção do Anel Rodoviário com 02 pistas na área do Mercado. Com isso, os feirantes seriam transferidos para o CEASA. Os feirantes não gostaram da idéia e se mobilizaram para permanecer no local.
O prédio onde aconteceu a tragédia não existe mais. Foi demolido para dar lugar a uma avenida.
No dia seguinte a tragédia os feirantes se aglomeraram na Antiga Estação da Leste Brasileira.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

PRAÇA DA CADEIA


Cadeia Pública - Atual Palácio Serigy - Praça General Valadão.
PORTO, Fernando de Figueiredo. Alguns nomes antigos do Aracaju. Aracaju: Gráfica Editora J. Andrade, 2003.



Construção do Palácio Serigy.



Palácio Serigy - Década de 50.
MELINS, Murillo. Aracaju romântica que vi e vivi. Anos 40 e 50. Aracaju: Unit, 2007.




Palácio Serigy - Antiga Cadeia Pública.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




Antigo Prédio da Alfândega.
SILVA, Clodomir. Álbum de Sergipe - 1820-1920.



Prédio da Alfândega - Praça General Valadão.
Foto: José de Oliveira B. Filho.





Antigo Quartel do Exército - Atual Hotel Palace de Aracaju.
www.iaracaju.infonet.com.br





Hotel Palace de Aracaju.
Inaugurado em 24-06-1962.
Foto: José de Oliveira B. Filho.





Monumento em homenagem ao General Valadão.
Inaugurado em 24-10-1924.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




A atual Praça General Valadão, localizada na região central de Aracaju, já foi conhecida como "Praça da Cadeia". Isto porque lá existia a Cadeia Pública que teve suas obras iniciadas no ano de 1864. Na Praça já existiu a Mesa de Rendas Provinciais e o primeiro prédio da Alfândega, bem como o Quartel do Exército. Sobre o edifício onde funcionou a Cadeia, Fernando Porto nos informa:
"... o da Cadeia era um vistoso edifício de dois pavimentos, com pés-direitos avantajados e que lhe davam uma grande altura, estendido ao longo de uma fachada de cerca de 50 metros, com um corpo central que chegava até o alinhamento da rua e duas alas laterais recuadas, dando-lhe a forma de "T"."
Quatro anos depois de concluída a Cadeia, a Câmara Municipal em sessão do dia 8 de janeiro de 1873, deu-lhe a denominação de Praça 24 de Outubro. Em 22 de janeiro de 1927, através da Lei Municipal 350 o nome foi mudado para Ciro de Azevedo, em homenagem ao ex-Presidente do Estado. Através do Ato nº 24 de 8 de junho de 1931, recebeu o nome de General Valadão, em homenagem ao militar e político que participou da Guerra do Paraguai e da Proclamação da República, tendo Governado Sergipe de 1894 a 1896 e de 1914 a 1918.
A Cadeia não existe mais. Foi desativada durante o Governo de Graccho Cardoso, dando lugar ao Palácio Serigy. O Quartel do Exército (também conhecido à época como Quartel de Linha) foi demolido e no local foi construído o Hotel Palace de Aracaju.

sábado, 26 de junho de 2010

BECO DO AÇÚCAR


Travessa Deusdeth Fontes - Atualmente.
Foto: José de Oliveira B. Filho.



Sanitário Público - Travessa Deusdeth Fontes - Atualmente.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




Sanitário Público - Travessa Deusdeth Fontes - Década de 80.
Jornal Gazeta de Sergipe nº 7.306- 23/02/1983.



Travessa Municipal - Década de 30.
PORTO, Fernando de Figueiredo. Alguns nomes antigos do Aracaju. Aracaju: Gráfica Editora J. Andrade, 2003.




Beco do Açúcar - Década de 20.
PORTO, Fernando de Figueiredo. Alguns nomes antigos do Aracaju. Aracaju: Gráfica Editora J. Andrade, 2003.



Na metade do primeiro trecho da Rua Laranjeiras encontra-se a Travessa Deusdeth Fontes, a qual prolonga-se até a Rua São Cristóvão. Ela é conhecida pelas pequenas lojas de consertos de eletrodomésticos e pelo Sanitário Público. A respeito dela Fernando Porto nos informa:

"O nome primitivo do logradouro foi Beco do Açúcar, oriundo de uma pequena refinaria de açúcar montada na esquina com a rua Laranjeiras, do lado leste, e que funcionou até princípios deste século. O estabelecimento tomou o nome de Refinaria São João quando foi adquirido pelo Sr. João Batista Capell".

O Beco do Açúcar era composto de pequenas oficinas de funileiros, sapateiros, marceneiros e outros ofícios, bem como de pequenas bodegas. Era mal pavimentado e com esgoto correndo a céu aberto.
Através do Ato nº 22 de 22 de junho de 1929, na gestão do Intendente da Capital, Teófilo Dantas, foi remodelado e teve o nome mudado para "Travessa Municipal".
Com a Lei 79/1951 passou a denominar-se "Travessa Deusdeth Fontes", em homenagem ao comerciante da Firma Fontes Irmãos & Cia, localizada na Avenida Rio Branco, que administrava o Trapiche Lima. Deusdeth Fontes era irmão de Lourival Fontes, Embaixador e homem forte do Governo Getúlio Vargas.

Fontes:

BARRETO, Luiz Antônio. Dicionário Prático de Nomes e Denominações de Aracaju. Acessível em: www.aracaju.infonet.com.br/serigysite.
PORTO, Fernando de Figueiredo. Alguns nomes antigos do Aracaju. Aracaju: Gráfica Editora J. Andrade, 2003.