segunda-feira, 25 de maio de 2009

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES

O prédio visto da parte superior do Mercado Antônio Franco.
Foto: José de Oliveira B. Filho.

Fachada do prédio do Colégio.
Foto: José de Oliveira B. Filho.


O Prédio atualmente.
Foto: José de Oliveira B. Filho





Foto: José de Oliveira B. Filho



Lateral do prédio -Rua São Vicente, atual Rua Prof. Florentino Menezes.
Foto: José de Oliveira B. Filho


Pátio do Colégio.
Jornal A Cruzada nº 781 - 25.12.1952.


CHAVES, Rubens Sabino Ribeiro. Aracaju pra onde você vai? Edição do Autor, 2004.




Fachada do Colégio. No canto esquerdo vê-se a Capela em estilo Gótico.
Jornal A Cruzada nº 1.172 - 15.10.1966.




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As Irmãs Sacramentinas.

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O Colégio Nossa Senhora de Lourdes foi uma importante Instituição de Ensino no estado de Sergipe. Um Colégio dirigido por freiras, as Irmãs Sacramentinas cuja Ordem Religiosa a que pertenciam, teve origem na França.
O prédio foi construído em um terreno doado pelo Presidente do Estado Maurício Graccho Cardoso, e a sua inauguração deu-se no dia 25.12.1924. A entrada principal do Colégio situava-se à Rua João Pessoa(que na época contava com sete quarteirões, hoje são apenas três), atual José do Prado Franco, em frente ao Mercado Municipal.
Era um Colégio voltado para a educação cristã feminina, onde as filhas de uma boa parte da elite sergipana aprendiam entre outras coisas, como se comportar, a costurar e cozinhar.
Nas suas dependências além das salas de aula, existia um refeitório, uma gruta para oração, uma capela em estilo gótico, quartos e afins para as moças que ficavam em regime de internato.
O Colégio encerrou as suas atividades em 1974, sendo o prédio vendido a uma Construtora local que o transformou em um Shopping com lojas populares. Antes do Shopping, funcionou também no local, uma Repartição da Prefeitura Municipal de Aracaju.
Uma pena, pois o Estado ou o Município poderia ter adquirido o prédio e tê-lo transformado em um museu - O Museu da Cidade de Aracaju.


José de Oliveira Brito Filho












sábado, 23 de maio de 2009

O ontem e o hoje da Praça Fausto Cardoso

Foto: José de Oliveira B. Filho.

Foto: José de Oliveira B. Filho.

Foto: José de Oliveira B. Filho.

Foto: José de Oliveira B. Filho.

Foto: José de Oliveira B. Filho.


Foto: José de Oliveira B. Filho.


Monumento a Fausto Cardoso.
Foto: José de Oliveira B. Filho.


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Fonte: Arquivo Público da Cidade de Aracaju.


Fonte: Arquivo Público da Cidade de Aracaju.



TARDES E NOITES DE DOMINGO


Embora criada com fóruns de capital, como São Cristóvão foi fundada como Cidade, Aracaju ganhou um glamour todo especial, realçado, muitas vezes, pelos seus mais eminentes cronistas e por uma legião de admiradores, conquistados ao longo do tempo. A marca trágica das febres ficou como página da história, arquivada no passado. As duas necessidades básicas do seu urbanismo, o saneamento e o embelezamento, tomaram o lugar das áreas pantanosas, dos córregos, dos alagados, honrando o projeto original, do xadrez de quadras, com ruas simétricas, praças, tendo como peão de ordenamento a Praça do Palácio, hoje Fausto Cardoso.Desde cedo, portanto, que a Praça Fausto Cardoso é um ponto importante na planta da cidade, que daqui a dois anos completará 150 anos. Na Praça a Ponte do Imperador, ali construída para receber Pedro II, sua mulher e comitiva, em 1860. De lá para cá o tempo fez da Praça um recanto especial, um ponto de convergência para os encontros amorosos, as retretas, as festas, as missas, as concentrações políticas, os ajuntamentos das procissões de Bom Jesus dos Navegantes, e tantas outras reuniões sociais.Na Praça, em 26 de agosto de 1906 morria, assassinado, o deputado federal, poeta e pensador Fausto Cardoso, que acabara de depor o presidente do Estado, desembargador Guilherme Campos, irmão e preposto do monsenhor e senador Olímpio Campos. O nome do mártir ficou, como testemunharia, por anos seguidos, as homenagens prestadas ao pé da sua grande estátua, chapéu na mão, imortalizando aquele cenário com sua revolução e morte, e onde está a inscrição lapidar: “A liberdade só se prepara na história, com o cimento do tempo e o sangue dos homens.” O monsenhor Olímpio Campos, também morto no episódio que ficou conhecido como “a tragédia de Sergipe” ganhou, na outra praça, monumento e culto à sua memória.Poucos lugares aracajuanos carregam tanta simbologia, tem tanto a ver com a vida da cidade, quanto a Praça Fausto Cardoso, seguida da própria Praça onde está a Catedral: diferentes em suas denominações e em seus usos. Da Praça a cidade ramificava-se para todos os lados, beirando o rio Sergipe, espelho de águas interioranas, com cheiro de açúcar que os saveiros traziam para os armazéns e trapiches, antes que fossem adoçar os alimentos por várias partes do Brasil e do mundo. Pela rua João Pessoa, que antes teve os nomes de rua do Barão e rua de Japaratuba, o comércio escorria, de cima a baixo, o movimento do povo. A Praça Fausto Cardoso era uma divisa da cidade: para o norte, o comércio, os bancos, os estacionamentos, o porto, a estação ferroviária, os mercados, os caminhões de feira, e, mais adiante, as fábricas do bairro Industrial; para o oeste as ruas populares – Vitória (hoje Carlos Burlamaqui) e Bonfim (hoje Getúlio Vargas, mas também já foi Sete de Setembro), São Cristóvão e Laranjeiras, as oficinas, os bairros populosos; para o sul as residências burguesas, senhoriais, as ruas arborizadas, o caminho das praias.Em 1955 a Praça Fausto Cardoso ganhou um novo equipamento, que embora construído no início da rua de João Pessoa foi sempre uma conexão com a vida social da praça: o Cine Pálace, dotado de formas modernas, poltronas acolchoadas, ar condicionado central, pinturas de Jenner Augusto nas paredes, pequenas arandelas revelando o degradê, enfim um espaço luxuoso, que atraía nas tardes e noites do Domingo aracajuano multidão de pessoas, especialmente de jovens, para os seus filmes, nas sessões das 14, das 17, das 19 e das 21 horas, quando o som de Eb Tide parecia envolver os seus freqüentadores.Havia uma harmonia em todo o conjunto próximo da Praça Fausto Cardoso. A rua João Pessoa, nos trechos entre a Praça e a rua de São Cristóvão, preparava as vitrines de suas lojas, com farta iluminação, para o Domingo. Parecia antecipar os centros comerciais de agora, que proliferam no mundo todo, iguais. Cada comerciante buscava a arte da decoração, para tornar suas vitrines cada Domingo mais belas, aos olhares de moças que andavam, indo e vindo, pelas calçadas da rua, num quem-me-quer que deixou saudades.O Cine Pálace exibia, pela tarde, em duas sessões, filmes americanos ou brasileiros leves, distraídos, e suas poltronas estavam, nos dois níveis do cinema, sempre lotadas. No intervalo entre as sessões do matinée as filas se formavam, compridas, pela rua João Pessoa ou, algumas vezes, pela travessa ao lado do cinema. Entre as 18 e 19 horas o jantar e a missa eram as atrações obrigatórias, mas as 19 horas o movimento começava a crescer, na porta do cinema, na rua João Pessoa, no footing que colocava os rapazes encostados nas paredes das lojas e as moças desfilando, com graça e beleza, nas calçadas, numa passarela elegante, cheirosa, muitas vezes propícia aos novos namoros.Na Praça, onde as moças completavam, ou iniciavam, suas rotas no quem-me-quer, casais de namorados escapavam dos olhares dos transeuntes, em idílios por entre os canteiros, tanto em direção a Ponte do Imperador, como nos velhos jardins, que já foram chamados de Olímpio Campos, entre as praças Fausto Cardoso e Olímpio Campos. Logo após as 20 horas começavam novas filas para a segunda sessão do Pálace, freqüentada por maiores, que podiam permanecer na rua até as 23 horas. Quando começava a Segunda sessão do Pálace, as 21 horas precisamente, as pessoas deixavam a rua de João Pessoa e a Praça Fausto Cardoso, ao mesmo tempo, rapidamente. As luzes das vitrines eram apagadas, as portas das lojas cerradas, a fila do cinema tragada pelo início do filme, todo o cenário desocupado. Dizia-se, com humor, que naquela hora estava solto o homem nu. Naquele tempo a nudez podia, ainda, afugentar as pessoas, principalmente as jovens que percorriam a rua de João Pessoa, como se desfilassem a procura de um par. Por anos seguidos as tardes e noites de Domingo reuniram multidões de rapazes e moças, tendo a Praça Fausto Cardoso, a rua de João Pessoa, as suas lojas, os seus cinemas – Pálace e Rio Branco, como ambientes especiais da vida social de Aracaju.

Fonte: Pesquise - Pesquisa de Sergipe / InfoNet - www.infonet.com.br/luisantoniobarreto

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O Solitário da Colina

Lá na colina em que Antônio vela,
no jardim colorido da ilusão,
há uma Rosa, - Rosa estranha, bela!
perfumando de versos a amplidão!

Entre o incenso e preces da capela,
-Poeta sonhador, o Ermitão
amou à vida e soube fazer dela
um culto à Beleza e à Solidão...

Seus versos têm o mágico perfume
das rosas que o amam e com ciúme
o engrinaldam em fúlgido esplendor!

Ele é ali a plácida colina,
um Sol de fogo, - astro que ilumina
uma geração que desabrocha em flôr!


Vânia Felizola e Garcia Rosa.

Poema extraído do Jornal A Cruzada nr. 739 - 10.02.1952.

domingo, 10 de maio de 2009

O SAME - 60 anos (1949-2009)

Missa com os idosos.

Alunas do CAIC Ministro Geraldo Barreto Sobral apresentando a dança cigana para os idosos.
Foto: José de Oliveira B. Filho.

Alunos do CAIC Ministro Geraldo B. Sobral interagindo com os idosos.
Foto: José de Oliveira B. Filho.


Capela N.Sra. da Conceição - Padroeira do SAME.
http://www.same.org.br/


Idosos assistidos pelo SAME.
http://www.same.org.br/


Crianças brincando no parque doado ao SAME, pelo LIONS Aracaju Atalaia.
Jornal A Cruzada nr. 1.601 - 18.10.1969.

Páscoa dos mendigos na Catedral Metropolitana.
Jornal A Cruzada nr. 609 - 17.06.1949.


Bispo Dom Fernando Gomes.
Jornal A Cruzada nr. 644 - 02.04.1950.


Bispo Dom Fernando Gomes e a 1ª Diretoria do SAME.
Jornal A Cruzada nr. 732 - 25.12.1951.




O SAME (Serviço de Assistência à Mendicância) foi criado em 12.08.1949, portanto, este ano completará 60 anos, sendo uma iniciativa do Bispo Dom Fernando Gomes, da Diocese de Aracaju, e tinha o objetivo de organizar assistência aos mendigos que moravam nas ruas de Aracaju. Inicialmente funcionou nos antigos salões do Quartel do 28º BC, onde atualmente situa-se o Hotel Palace. No dia 20 deste mesmo ano, o SAME fez a primeira distribuição de gêneros alimentícios aos mendigos.
A diretoria era composta pelos seguintes membros: Presidente: Torquato Fontes; Secretário: Dr. Manuel Ferreira Neto; Tesoureiro: Carlos João Silveira; Conselheiros: Dr. Leonardo Leite e João Quintiliano da Fonseca Sobral.
Em 1952 o SAME ajudava os mendigos com vestuário, assistência médica e odontológica, assistência hospitalar, auxílio funeral e assistência escolar. Neste mesmo ano foi premiado com uma casa à rua D. Quirino e trocou-a por uma vila de 31 quartos no bairro 18 do Forte, denominando-a de Vila Nossa Senhora de Fátima, que serviu para abrigar os assistidos.
Recebia doações de firmas, da Prefeitura Municipal de Aracaju, das Paróquias e da população.
Em 1953, no seu 4º ano de existência, auxiliou mais de 1.000 mendigos que foram retirados das vias públicas e passaram a ser atendidos pela organização de amparo à mendicância.
Em 1957 ofertou cursos de formação em corte e costura e artesanato, visando a formação de mão de obra e a auto sustentação de pessoas desempregadas. Foi criada a Escola São Tarcísio, com creche e ensino fundamental para os filhos dos assistidos.
Já em 1959 foram instalados os Gabinetes Médico e Odontológico, cozinha e refeitório para os idosos e as crianças.
A Vila Dom Fernando Gomes para moradia dos assistidos foi inaugurada em 15.10.1960.

Atualmente, o SAME(Serviço de Assistência e Movimento de Educação)dentre outras atividades, mantém um Asilo para 52 idosos e o Clube da 3ª idade " Santa Terezinha" para idosas da comunidade, com atividades artesanais, recreativas e culturais.





VISITE O SAME

Endereço: Rua Thales Ferraz, 261 - Bairro Industrial - Aracaju-SE

Tel. (79) 3215-5120 - E-mail: asilo@same.org.br

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sociedade Creche Ação Solidária Almir do Picolé

Foto: José de Oliveira B. Filho

TRABALHO SOCIAL DE VERDADE E SEM NENHUM INTERESSE POLÍTICO.




Eu sou Almir Almeida Paixão, o Almir do Picolé, nasci em Aracaju no dia 29 de outubro de 1969. Inaugurei a Creche no dia 15 do mês de fevereiro de 2003, inicialmente com 10 crianças e hoje atendo mais de 80 crianças de forma gratuita, graças a DEUS e o apoio da Imprensa de modo geral. Eles tem contribuido com divulgações. Recebo ajuda de alguns empresários da ASCON, como a contadora Maria Luiza que faz toda a contabilidade da Creche de forma gratuita.

Nossas crianças permanecem de 07:00 às 17:40, recebem 04 refeições diárias e alfabetização. Elas já saem da Creche alfabetizadas, para assim darem continuidade nos seus estudos, tudo de forma gratuita.

Você pode me ajudar doando qualquer valor no semáforo, ligando para o Telemarketing ou até mesmo depositando na conta corrente da Creche.

Além da Creche despacho remédio e dou cestas básicas para pessoas carentes. Não autorizo pessoas a pedirem no semáforo em meu nome.

Realizo todos os anos a Festa do dia das crianças(12 de outubro) e o Natal da Solidariedade(24 de dezembro).


Ponto de apoio de entrega de doação: RILDON ELETROPEÇAS

Avenida Osvaldo Aranha nº 151 - Siqueira Campos.


Agradeço de todo o meu coração pelo apoio que a sociedade sergipana deposita em meu trabalho.




VISITE A CRECHE ALMIR DO PICOLÉ

Rua Maria Miralda dos Santos nº 4 - Parque Ilza Piabeta - N.Sra. do Socorro - SE

Tel. (79) 3254-7644 - 9142-9068

Telemarketing - (79) 3248-1413






Contribuição do BLOG Aracajuantigga.blogspot.com, a uma pessoa humilde que faz por muitos, com tão pouco.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Cadê você, Conceição?

Cadê você, Conceição
a sertaneja simples,
bela de ignorância
sadia e bela?

Você é a sepultura
da menina boa que você era.

Aracaju, na fantasia infeliz
do seu sonho de menina,
a cidade imensa, misteriosa,
enfeitada de luzes multicores,
como na cidade lendária,
acabou com você,
matou sua graça,
menina da roça!

Essa casa grande que você mora
é uma tapera,
muito mais tapera
que sua casa de palha
que ficou vazia de sua graça.

A cidade pequena onde você nasceu
espera o dia de sua volta
como um dia de festa
porque não sabe que você morreu.

Não volte nunca mais
à cidade pequena onde você nasceu,
porque, todos dirão,
olhando para você:
cadê você, Conceição?
Conceição, cadê você?


José Sampaio
Revista de Aracaju Ano XIX nº 7, 1962.