sexta-feira, 31 de julho de 2009

PARQUE DA CIDADE

Vista do Parque da Cidade.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 7.864 - 21/01/1985.


Últimos reparos antes da inauguração.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 7.864 - 21/01/1985.


Aspecto do Parque da Cidade.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 7.864 - 21/01/1985.

Obras no Parque da Cidade.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 7.864 - 21/01/1985.


O povo alegre festeja a reabertura do Parque.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 7.967 - 27/05/1985.



A população prestigia o Show do Grupo Balão Mágico.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 7.967 - 27/05/1985.

No palco, a grande atração, Castrinho da TV Globo.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 7.967 - 27/05/1985.





O Governador João Alves Filho, Dom Luciano Cabral Duarte, Autoridades e populares.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 7.967 - 27/05/1985.




Governador João Alves Filho e o ex-Governador José Rollemberg Leite.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 7.967 - 27/05/1985.




Descerramento da Placa de Inauguração do Parque.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 7.967 - 27/05/1985.








O Parque Governador José Rollemberg Leite, mais conhecido como Parque da Cidade, está situado no Morro do Urubu e possui uma área de 1 milhão e 500 mil metros quadrados. Foi construído pelo Prefeito da Capital João Alves Filho (1975-1979) mas não chegou a ser devidamente utilizado pela população, devido ás fortes chuvas que caíram no ano de 1979, prejudicando as instalações e a infraestrutura. No dia 25/05/1985, ele foi reinaugurado com muita festa, contando com a presença do homenageado, o ex-Governador José Rollemberg Leite, Dom Luciano Cabral Duarte, diversas autoridades, artistas e a população em geral. Em 2006 o Parque da Cidade sofreu uma reforma e revitalização, sendo um dos lugares mais agradáveis da Cidade, onde as pessoas entram em contato com a natureza e respiram o ar puro.




José de Oliveira B. Filho.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO

RESIDÊNCIA NA RUA PROPRIÁ



ANTES
Foto: José de Oliveira B. Filho.




DEPOIS
Foto: José de Oliveira B. Filho.


RESIDÊNCIA DO ALMIRANTE AMINTAS JORGE - PRAÇA TOBIAS BARRETO



ANTES
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.480 - 15/07/1976.



DEPOIS

Foto: José de Oliveira B. Filho.



RESIDÊNCIA NA RUA PACATUBA ESQUINA COM RUA BOQUIM


ANTES
CHAVES, Rubens Sabino Ribeiro. Aracaju pra onde você vai? Aracaju: Edição do Autor, 2004.



DEPOIS
Foto: José de Oliveira B. Filho.




IMÓVEL ONDE FUNCIONOU A CLÍNICA DE DR. HIDER GURGEL - AV. IVO DO PRADO.



ANTES
Foto: José de Oliveira Brito Filho.



DEPOIS
Foto: José de Oliveira B. Filho.



RESIDÊNCIA DO DR. AUGUSTO LEITE



ANTES
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 8.618 - 03/08/1987.



DEPOIS
Foto: José de Oliveira B. Filho




PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO



Assistindo a um programa de TV que é apresentado aos sábados à tarde, algo me chamou atenção. No tal programa, existe um quadro que é o de reformar completamente a casa de alguém que escreveu a sua história de vida e teve a sua carta escolhida. Pois bem, quando o arquiteto responsável foi detalhar como seria a reforma da casa, ele fez uma observação muito importante: como a casa tinha sido construída na década de 30, e existindo uma Lei Municipal na Cidade do Rio de Janeiro, que vem a colaborar com a preservação de imóveis antigos, a fachada teria que ser preservada.
O restante do imóvel seria modificado, digamos, dentro dos moldes da Arquitetura Moderna. E foi exatamente esse ponto, o de preservar a antiga fachada, que me incentivou a escrever este artigo. Como sou um apaixonado por imóveis antigos, desde 2007 venho realizando um trabalho um pouco especial, que é o de fotografar imóveis antigos de Aracaju, tomando-se como base o Centro Histórico até os limites da Avenida Augusto Maynard (sul), a Avenida Pedro Calazans (oeste) e o bairro Santo Antônio (norte). Fotografo os imóveis como forma de preservação do Patrimônio Arquitetônico e da História de nossa Cidade e para uma futura comparação.
Algumas vezes fotografo um imóvel e poucas semanas depois ao passar pelo mesmo local constato que o imóvel não existe mais, fora demolido. Essas atitudes fizeram com que eu iniciasse um novo trabalho que eu classifico como “O antes e o depois”, ou seja, tenho a foto do imóvel como ele era originalmente e fotografo o imóvel recém construído. Utilizo estas fotos em minhas aulas e através do Blog www.aracajuantigga.blogspot.com, para mostrar aos alunos e pessoas que tenham interesse nesse assunto, como era a aparência dos imóveis de Aracaju.
Infelizmente os proprietários desses imóveis ou quem os compra, não se preocupam com a preservação da História, da Memória e do Patrimônio Arquitetônico da Cidade. Os Poderes Públicos também não agem para impedir que isto aconteça, mesmo porque, quem faz a demolição de um imóvel antigo geralmente o faz na calada da noite ou nos fins de semana, com o objetivo de não chamar a atenção dos fiscais da Prefeitura ou de órgãos de Preservação do Patrimônio. Desta forma, impede que alguém formalize uma ação civil pública contra uma possível demolição de um imóvel antigo.
Perdas como a residência do Dr. Augusto Leite na Av. Barão de Maruim, onde hoje se encontra uma Agência da Caixa Econômica Federal, o Cinema Rio Branco (Graças a Deus preservaram a fachada), a loja INCAL na Rua São Cristóvão, dentre outras, são irreparáveis. Recentemente tivemos a perda de dois imóveis antigos: o primeiro situava-se na Avenida Ivo do Prado, vizinho ao prédio do INSS, onde funcionou a clínica de Dr. Hider Gurgel, e o outro na Rua Propriá entre a Rua Lagarto e o Parque Teófilo Dantas. Felizmente eu os fotografei antes de serem demolidos. A pretensão deste artigo também é de conscientizar os proprietários de imóveis antigos ou futuros compradores destes, da necessidade de preservação de nossa história.



Parte do Artigo publicado no Jornal CINFORM Edição 1372 - 27/07 a 02 de agosto de 2009.



José de Oliveira B. Filho

segunda-feira, 27 de julho de 2009

PONTO CHIC

Local onde funcionou o Ponto Chic - Atual Delegacia Estadual do Ministério do Trabalho - Edifício Leal.
Foto: José de Oliveira Brito Filho.



Encerramento das atividades do Ponto Chic.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 3829 - 18/04/1969.



Ponto Chic à esquerda da foto.
MELINS, Murillo. Aracaju romântica que vi e vivi. Anos 40 e 50. 3ed. Aracaju: Unit, 2007 p. 39.

Ponto Chic.
Foto: Domínio Público - Acervo Lineu.




O Ponto Chic, bar localizado na esquina da Rua João Pessoa com Rua Laranjeiras, onde atualmente se encontra a Delegacia Estadual do Ministério do Trabalho, segundo o pesquisador Luiz Antônio Barreto, era também uma sorveteria, e um ponto de encontro de todas as classes, de políticos, senhores de terra a estudantes, atendendo no balcão com drinques, refrescos e cafés, e nas mesas, com o irresistível sorvete tricolor. Os intelectuais sergipanos, alí se reuniam para um bom bate-papo e para beberem alguns drinques, antes de se dirigirem à Livraria Regina, habitual reduto destas personalidades. Era também casa de lanches. Fazia parte do circuito cultural das Ruas João Pessoa e Laranjeiras, juntamente com o Café Ponto Central, o Cinema Rio Branco e a Livraria Regina.
Armando Maynard acrescenta que anexo ao Ponto Chic existiu a Bomboniere Chic que na época era o principal ponto de vendas de jornais e revistas de todo o Brasil, administrada pelo saudoso Moacyr.

terça-feira, 21 de julho de 2009

A FORMAÇÃO DO CENTRO COMERCIAL DE ARACAJU

Rua Laranjeiras - 1910
www.aracaju.se.gov.br/154anos


Rua da Aurora e sua feira - Década de 10/20 (atual Avenida Rio Branco)
CHAVES, Rubens Sabino Ribeiro. Aracaju pra onde você vai? Aracaju: Edição do Autor, 2004.




Rua da Aurora - 1926 (atual Avenida Rio Branco)
www.aracaju.se.gov.br/154anos



Rua São Cristóvão - 1910
www.aracaju.se.gov.br/154anos


Mercado Antonio Franco - 1926
www.aracaju.se.gov.br/154anos



Comércio da Rua João Pessoa - No canto esquerdo o Ponto Chic.
MELINS, Murillo.Aracaju Romântica que vi e vivi. Anos 40 e 50. 3ed. Aracaju: Unit, 2007, p. 39.



Ponte do Lima - Rua da Frente
MELINS, Murillo. Aracaju Romântica que vi e vivi. Anos 40 e 50. 3ed. Aracaju:Unit, 2007, p. 81.





Assim como outros Estados do Brasil, Aracaju possuiu e possui ruas que se destacaram no começo do desenvolvimento e expansão territorial da cidade. Ela é uma cidade diversificada em vários aspectos. Viveu e vive periodos acelerados e lentos durante toda a trajetória após a formação da capital, e é óbvio que de lá para cá ocorreram diversas transformações, tanto nos aspectos relacionados à cultura, como nas questões urbanísticas.
Analisar a evolução de uma cidade implica dizer e apontar quatro divisões de fases espaciais: a primeira sendo o período de implantação da cidade, a segunda a formação político-administrativa e econômica no Estado, a terceira a fase de crescimento espontâneo e por último a do crescimento acelerado.
Portanto, o período da transferência da Capital foi um momento turbulento e que causou opiniões diversificadas e contrárias. Depois de consumada a transferência, a cidade passou também por dois momentos diferentes: a formação e a consolidação do centro e a diferenciação interna, passando por um período transitório e significativo para Aracaju. Nesta perspectiva estes dois elementos foram fundamentais para as mudanças ocorridas no cenário de Aracaju, sendo um marco da nova trajetória.
Os registros da formação de Aracaju estão agregados à ostentação de atos administrativos - a construção do Porto e a expansão comercial - pois o que dificultava para o período era aterrar a área das lagoas e mangues que dominava todo o cenário da época, para posteriormente conquistar os espaços sólidos e edificar as construções.
O que estava em questão era o Porto, cuja finalidade era de estabelecer na capital e em outros espaços, laços comerciais. O Porto de Aracaju era pequeno, triste e prejudicava a indústria e o comércio. Aqui não chegavam as melhores e diversas mercadorias, nem desembarcavam os belíssimos moços e moças elegantes. O Porto dessa terra só recebeu frequentemente a visita de navios nacionais. De vez em quando é que navios estrangeiros entravam pelo Rio Sergipe.
Somente a partir de 1857 surgem os primeiros elementos formadores do centro histórico. A cidade crescia direcionando-se para o sul, ou seja, na Rua da Frente, estendendo-se às ruas Maruim e Estância. Entretanto ao norte a preocupação no investimento era difícil, pois lá estavam concentrados os grupos sociais desfavorecidos.
Devido a cidade ser fruto de um projeto político, coube aos administradores criar inovações para desenvolver o meio urbano, dando condições básicas de intervir no alinhamento e tipos de contruções da cidade, através de regulamentos. A partir de então surge o centro histórico e tradicional.
No século XIX o comércio varejista não despertava grandes atenções, inexistindo elementos típicos de urbanidade em suas primeiras cinco décadas, e o setor terciário, resumia-se a existência de alguns estabelecimentos comerciais. Nesse momento segundo José Wellington Carvalho Vilar: "o centro confudia com a cidade, e a cidade praticamente limitava-se ao centro".
Portanto, no início do século XX, o consumo da população resumia-se a poucos estabelecimentos comerciais de produtos básicos que estavam ligados ao Porto.
A cidade não podia possuir um comércio saliente, que se alteia acima do que o circunda, por causa de problemas de infra-estrutura, apresentando uma fisionomia de povoado.
Aracaju beneficiou-se com o preço do açúcar e algodão em 1914, após a eclosão da Primeira Guerra Mundial, iniciando a consolidação da infra-estrutura: construindo escolas, edifícios públicos, saneamento, implantação de água encanada e energia elétrica e rede telefônica. Entre as décadas de 20 e 30 várias construções foram edificadas através de decretos e leis, durante os governos de Maurício Graccho Cardoso(1922-1926) e Manoel Corrêa Dantas (1926-1930).
A ampliação do tabuleiro de xadrez, o aterro definitivo do centro, a criação de parques, fontes, enfim o embelezamento da cidade foi importante como eixo do desenvolvimento de Aracaju. A partir de então a cidade cresceu em direção ao norte, sul e oeste. A quarta zona de crescimento, o centro, se individualizou e perdeu as características que o confundia com a cidade, e limitáva-se à cidade. No centro concentraram-se as atividades terciárias, mercantis e administrativas, individualizando o panorama da cidade, proporcionando certo crescimento demográfico, econômico e urbanístico.
A partir de 1920, Aracaju vislumbrava um novo momento: o princípio da consolidação do centro e o crescimento do espaço central. "Embora depois de 1922, os habitantes se imaginassem respirando os ares da "modernidade" havia muito a fazer-se para o saneamento e profilaxia de Aracaju"(SANTOS, 2000, p 14). E para que fosse permitido esse crescimento do centro e a difusão da economia, houve uma ampla mudança.
Nas imediações do Porto foram construídos os mercados públicos, com ruas estreitas, formados pelos sacos de cereais. Eram ruas barulhentas e coloridas, com a presença de armazéns e lojas no mercado com vitrines e bijuterias.
Portanto este novo momento proporciona experimentar dois tipos de comércios opostos: um na zona comercial fino e elegante, localizado nas ruas João Pessoa e Laranjeiras, e o outro, o comércio popular, situado nas imediações do mercado, demonstrando a oposição entre as ruas elegantes e a do mercado.
Na década de 40, Aracaju era a grande praça comercial do Estado, tanto em número de estabelecimentos quanto ao número de empregados no comércio, consagrando-se como local das trocas, fazendo com que a população das cidades interioranas se deslocasse para a Capital a fim de abastecerem-se de produtos.
Na década de 50, Aracaju demonstrou sua grande importância, distanciando-se dos mais importantes centros industriais do Estado, tornando-se a principal contribuinte. Apresentava o maior número de operários e valor da população industrial, mantendo-se afastada das outras cidades.
Em 1960 continuou co o seu crescimento ímpar em relação ao resto de Sergipe. A interligação entre as linhas de ônibus regulares facilitou as comunicações entre as unidades municipais e a Capital. Observou-se ainda que mesmo os outros municípios que possuíam um comércio ativo, não conseguiam ter a mesma expressividade de Aracaju.
Entre 1960 e 1970 Aracaju passou por um crescimento ainda mais intenso, e tratando-se do número de empregados no comércio, a Capital possuía uma ascensão comercial superior ao interior do Estado. Em 1970, Aracaju era predominantemente urbana, e ainda atingia um distanciamento dos outros municípios.
Portanto, os fatores que proporcionaram a primazia urbana de Aracaju foram: o esvaziamento econômico do interior, o violento crescimento da Capital e o crescimento acentuado da população juntamente com o poderio bancário e comercial.



ANDRADE, Adênia Santos, FILHO, José de Oliveira Brito. O ir e vir das ruas João Pessoa e Laranjeiras(1920-1940). Monografia para obtenção do grau de Licenciatura em História, UNIT 2007.
SANTOS, Maria Nele. Aracaju na Contramão da "Belle Époque". Revista de Aracaju. Ano LIX. nº09, 2002.
VILAR, José Wellington Carvalho. Evolução da Paisagem Urbana do Centro de Aracaju. In: ARAUJO, Hélio Mário: O ambiente urbano: visões geográficas de Aracaju - São Cristóvão: Departamento de Geografia da UFS,2006.