terça-feira, 27 de julho de 2010

A TRAGÉDIA NO MERCADO


Trapiche da Firma Cruz & Irmãos - Mercado das Verduras - À esquerda da foto.
BARRETO, Armando. Cadastro industrial, comercial, agrícola e informativo de Sergipe - 1938.





Prédio onde ocorreu a tragédia - Mercado das Verduras.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.749 - 18/06/1977.




Populares catando destroços após a tragédia.
Jornal da Cidade nr. 1.458 - 23/06/1977.



Veículo atingido pelas telhas que voaram do Mercado das Verduras.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.749 - 18/06/1977.




Parte interna do Mercado das Verduras após a tragédia.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.749 - 18/06/1977.




Destroços - Parte interna do Mercado das Verduras.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.749 - 18/06/1977.




Parte interna do Mercado das verduras após a tragédia.
Jornal Diário de Aracaju nr. 4.128 - 18/06/1977.



Telhas do Mercado das Verduras caíram sobre o Mercado Antonio Franco.
Jornal da Cidade nr. 1.454 - 19/06/1977.




Bombeiros retirando os destroços do Mercado das Verduras.
Jornal da Cidade nr. 1.454 - 19/06/1977.




Populares se aglomeraram em frente ao Mercado das Verduras.
Jornal da Cidade nr. 1.1454 - 19/06/1977.




Ambulâncias transportando os feridos para os Hospitais.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.749 - 18/06/1977.




Populares em frente ao Pronto Socorro do Hospital Cirurgia.
Jornal da Cidade nr. 1.454 - 19/06/1977.




Nota da Prefeitura Municipal de Aracaju.
Jornal da Cidade nr. 1.454 - 19/06/1977.




Nota de Agradecimento do Hospital Cirurgia.
Jornal da Cidade nr. 1.460 - 26-27/06/1977.





Local onde estava construido o Mercado das Verduras.
Às margens do Rio Sergipe.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




No dia 17 de junho de 1977 (sexta-feira), um redemoinho se formou no Rio Sergipe e partiu em direção ao antigo Mercado das Verduras, destruindo boa parte do telhado, que desabou, deixando um triste saldo de 09 mortos (dentre elas 05 soterradas pelos escombros) e 145 feridos.


Segundo os Jornais, por volta das 7:00 uma grande ventania começou a soprar na região do Cais do Porto, sendo seguida de um forte chuva. A ventania fez com que as telhas de zinco do Mercado das Verduras fossem atiradas a centenas de metros de distância. Com isso, a sustentação da cobertura do prédio não resistiu, desabando sobre os feirantes e os compradores. Calcula-se que por volta de 700 pessoas, entre feirantes e compradores, estavam no local no momento do desabamento.
Pesadas vigas de madeira foram levadas pelo vento, que caíram sobre vários barracos localizados nas adjacências dos Mercados Thales Ferraz e Antonio Franco, destruindo-os. Pedaços de zinco agarrados em madeira caíram sobre algumas pessoas e carros estacionados em frente ao Mercado das Verduras.
Logo após a tragédia, Soldados do Corpo de Bombeiros se dirigiram ao local para o resgate das vítimas e a retirada dos escombros. Ambulâncias do INPS, IPES, SESI, SINDIPETRO, Polícia Militar e PETROBRÁS transportaram os feridos para os Hospitais Cirurgia, Clínica dos Acidentados, Posto do INPS (Bairro Siqueira Campos), Hospital São José e Hospital da Polícia Militar. Populares, Escoteiros e vários estudantes dos Colégios CCPA e GCM colaboraram com a retirada dos escombros e verduras para o pátio da antiga Estação Ferroviária. O povo foi convocado a dirigir-se aos Hospitais para a doação de sangue.
A partir das 11:00 as Emissoras de Rádio passaram a transmitir recados dos feirantes para os seus parentes no interior do Estado.

O prédio onde estava localizado o Mercado das Verduras foi construido em 1918 e pertenceu a Firma Cruz & Irmãos. Era um Trapiche onde o açúcar era armazenado para o embarque nos navios. Na administração do Prefeito Aloísio Campos (1968-1970) foi alugado pela Prefeitura e passou a servir como Mercado das Verduras.
Em 1974, o então Prefeito Cleovansóstenes Pereira de Aguiar, pretendia demolir o prédio para a construção do Anel Rodoviário com 02 pistas na área do Mercado. Com isso, os feirantes seriam transferidos para o CEASA. Os feirantes não gostaram da idéia e se mobilizaram para permanecer no local.
O prédio onde aconteceu a tragédia não existe mais. Foi demolido para dar lugar a uma avenida.
No dia seguinte a tragédia os feirantes se aglomeraram na Antiga Estação da Leste Brasileira.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

PRAÇA DA CADEIA


Cadeia Pública - Atual Palácio Serigy - Praça General Valadão.
PORTO, Fernando de Figueiredo. Alguns nomes antigos do Aracaju. Aracaju: Gráfica Editora J. Andrade, 2003.



Construção do Palácio Serigy.



Palácio Serigy - Década de 50.
MELINS, Murillo. Aracaju romântica que vi e vivi. Anos 40 e 50. Aracaju: Unit, 2007.




Palácio Serigy - Antiga Cadeia Pública.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




Antigo Prédio da Alfândega.
SILVA, Clodomir. Álbum de Sergipe - 1820-1920.



Prédio da Alfândega - Praça General Valadão.
Foto: José de Oliveira B. Filho.





Antigo Quartel do Exército - Atual Hotel Palace de Aracaju.
www.iaracaju.infonet.com.br





Hotel Palace de Aracaju.
Inaugurado em 24-06-1962.
Foto: José de Oliveira B. Filho.





Monumento em homenagem ao General Valadão.
Inaugurado em 24-10-1924.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




A atual Praça General Valadão, localizada na região central de Aracaju, já foi conhecida como "Praça da Cadeia". Isto porque lá existia a Cadeia Pública que teve suas obras iniciadas no ano de 1864. Na Praça já existiu a Mesa de Rendas Provinciais e o primeiro prédio da Alfândega, bem como o Quartel do Exército. Sobre o edifício onde funcionou a Cadeia, Fernando Porto nos informa:
"... o da Cadeia era um vistoso edifício de dois pavimentos, com pés-direitos avantajados e que lhe davam uma grande altura, estendido ao longo de uma fachada de cerca de 50 metros, com um corpo central que chegava até o alinhamento da rua e duas alas laterais recuadas, dando-lhe a forma de "T"."
Quatro anos depois de concluída a Cadeia, a Câmara Municipal em sessão do dia 8 de janeiro de 1873, deu-lhe a denominação de Praça 24 de Outubro. Em 22 de janeiro de 1927, através da Lei Municipal 350 o nome foi mudado para Ciro de Azevedo, em homenagem ao ex-Presidente do Estado. Através do Ato nº 24 de 8 de junho de 1931, recebeu o nome de General Valadão, em homenagem ao militar e político que participou da Guerra do Paraguai e da Proclamação da República, tendo Governado Sergipe de 1894 a 1896 e de 1914 a 1918.
A Cadeia não existe mais. Foi desativada durante o Governo de Graccho Cardoso, dando lugar ao Palácio Serigy. O Quartel do Exército (também conhecido à época como Quartel de Linha) foi demolido e no local foi construído o Hotel Palace de Aracaju.