domingo, 21 de junho de 2009

A LIVRARIA REGINA

Local onde funcionou a Livraria Regina - Foto atual.
Foto: José de Oliveira B. Filho.

Livraria Regina - Lançamento do livro Cajueiros e Papagaios.
Fonte: MELINS, Murillo. Aracaju romântica que vi e vivi anos 40 e 50. 3ed. Aracaju:Unit,2007 p 39.


Livraria Regina - Fachada.
Foto: Acervo do Instituto Tobias Barreto de Educação e Cultura.

Livraria Regina - Aspecto interno.
Fonte: BARRETO, Armando. Cadastro industrial, comercial, e informativo de Sergipe, 1934. p 461.


Anúncio da Livraria Regina.
Jornal A Cruzada nr. 514 - 12.04.1947.




No nr. 137 da Rua João Pessoa, onde atualmente funciona a Cosmético Center, existiu uma das mais importantes livrarias de Aracaju: a Livraria Regina.
A Livraria Regina foi um ícone da cultura aracajuana, sendo considerada a mais sortida, a mais frequentada, e também a melhor gráfica do estado. O nome Regina foi uma homenagem do seu primeiro proprietário, Agripino Leite, à sua esposa, Regina do Prado Leite. Com ele, a Livraria Regina seguiu a mesma linha das suas concorrentes, sendo papelaria e tipografia.
Conforme Elissandra Santos, inicia-se uma nova fase para a Livraria Regina, a partir da administração do seu segundo proprietário, José Apóstolo. Além de importante livraria, torna-se um espaço cultural, que juntamente com os cinemas, bares e cafés, formavam o circuito cultural de Aracaju. Era ponto de encontro vespertino dos intelectuais sergipanos, que após bebericarem algumas cervejas no Ponto Chic, adentravam a Livraria Regina. Eram habitués: Bonifácio Fortes, Emanuel Franco, Silvério Fontes, José Augusto Garcez, Petrônio Gomes, Antonio Garcia, Garcia Moreno, Felte Bezerra, Mário Cabral, José Cruz e Orlando Dantas.
Na Livraria Regina podia-se encontrar livros de várias nacionalidade: italianos, franceses, espanhóis, além dos nacionais, em diversas áreas do conhecimento. A relação é infindável! Elissandra Santos ressalta que a Livraria Regina era conhecida pela riqueza de títulos de literatura que vendia e a única que intermediava aquisição de livros de livrarias e editoras de outras partes do Brasil
Como distribuidora da Editora Abril recebeu vários prêmios por sua atuação em vendas, sendo considerada uma das maiores do Brasil. Como gráfica imprimiu cerca de 270 livros, entre os anos de 1920 e 1970, dentre eles, livros de poesia, crônicas, biografias, discursos e documentos oficiais. Entre os escritores sergipanos que tiveram seus livros impressos pela Regina, destacam-se: Mário Cabral, Santo Souza, Alberto Carvalho, José Calazans, Pires Wyne, entre outros. A tarde de autógrafos destes lançamentos não só era um entretenimento da Rua João Pessoa, mas sobretudo um encontro de intelectuais.
A Livraria Regina lamentavelmente não existe mais. Atualmente, para manter-se atualizado sobre os lançamentos ou até mesmo comprar algum compêndio, o leitor há de frequentar uma das únicas livrarias da capital, situada no shopping center. Lá o atendimento se faz de forma artificial, empregado e cliente, diferentemente do que acontecia na Regina, onde todos eram bem recebidos por José Apóstolo.
A Livraria Regina deixou saudades àqueles que a conheceram.



ANDRADE, Adênia Santos, FILHO, José de Oliveira Brito. O ir e vir das ruas João Pessoa e Laranjeiras(1920-1940). Aracaju:Unit, 2007. p 71,72 (Monografia de Graduação em História).
SANTOS, Elissandra Silva. Livraria Regina: Notas sobre a Aventura do Livro em Aracaju(1918-1976). São Cristóvão, 2004. p. 23 (Monografia de Graduação em História).

OS ALAGAMENTOS EM ARACAJU

Avenida Melício Machado - Supermercado G.Barbosa - 2009


Bairro Aruana - Rua alagada - 2009.
Pedestres, motociclista e a rua alagada - 2009.
Foto: www.emsergipe.globo.com

Rua Santa Catarina - Bairro Siqueira Campos.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 4.774 - 11.05.1974.


Rua Mariano Salmeron - Bairro Siqueira Campos.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 4.774 - 11.05.1974.


Rua Itabaianinha - Centro.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.630 - 22.01.1977.


Rua Itabaianinha esquina com Rua São Cristóvão.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.630 - 22.01.1977.


Rua Itabaianinha esquina com Rua Geru.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.630 - 22.01.1977.





Nesses últimos dias, devido à grande quantidade de chuvas, alguns bairros de Aracaju ficaram com as ruas alagadas, a exemplo do Bairro Aruana, onde a Avenida Melício Machado ficou parcialmente intransitável. Tal situação fez com que o Ministério Público Federal-SE solicitasse à Justiça Federal a proibição do licenciamento, construção e inauguração de novos empreendimentos na área. Este não é um problema novo, Aracaju sempre sofreu com os alagamentos e a deficiência de drenagem de águas pluviais e do esgotamento sanitário. Nessas fotos acima, podemos observar como ficaram algumas ruas do Bairro Siqueira Campos e do Centro, após algumas chuvas, nos anos de 1974 e 1977, respectivamente.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

ASILO RIO BRANCO (PARTE II)

Asilo Rio Branco.
Foto: Arquivo do Asilo Rio Branco


Prof. José de Oliveira, Raquel, Amanda, Sr. Roque e os alunos do CAIC.
Foto: Aluna Larissa

Psicóloga Raquel, Assistente Social Amanda, Sr. Roque e os alunos do CAIC.
Foto: José de Oliveira B. Filho

Idosos, alunos do CAIC e o Prof. José de Oliveira.
Foto: Amanda


Assistente Social Amanda, idosas e os alunos do CAIC.
Foto: José de Oliveira B. Filho


Alunos e a Sra. Maria Jesus.
Foto: José de Oliveira B. Filho


Alunos passeando pelas dependências do Asilo com a Sra. Zenaide.
Foto: José de Oliveira B. Filho


A Psicóloga Raquel e a Assistente Social Amanda apresentam o Asilo Rio Branco aos alunos.
Foto: José de Oliveira B. Filho


Alunos atentos às explicações de Raquel e Amanda.
Foto: José de Oliveira B. Filho.


Sra. Zenaide, um companheiro de Asilo e as alunas do CAIC.
Foto: José de Oliveira B. Filho



Alunas com "A Rainha" Zenaide.
Foto: José de Oliveira B. Filho


Alunos em um descontraído bate-papo com os idosos.
Foto: José de Oliveira B. Filho


Alunos do CAIC interagindo com a alegre Sra. Zenaide "A Rainha".
Foto: José de Oliveira B. Filho


Alunos da 8ª série do CAIC Ministro Geraldo Barreto Sobral.
Foto: José de Oliveira B. Filho





Como atividade extra-classe da Disciplina Sociedade e Cultura, os alunos da 8ª série do CAIC Ministro Geraldo Barreto Sobral - Bairro Industrial, visitaram no dia 18/06 o Asilo Rio Branco. Eles foram recepcionados pela Psicóloga Raquel e pela Assistente Social Amanda, que lhes apresentaram o funcionamento da Instituição. Logo após, eles tiveram a oportunidade de conhecer as instalações do Asilo e interagir com os idosos através de um descontraído bate-papo.
Essa visita teve o objetivo de despertar nos jovens, o sentimento de respeito para com as pessoas da chamada terceira idade, para que no futuro tenhamos uma sociedade mais consciente, solidária e menos discriminatória.

Prof. José de Oliveira B. Filho

sábado, 13 de junho de 2009

O CALÇADÃO DA RUA JOÃO PESSOA

Calçadão da Rua João Pessoa - 3º trecho - Foto atual.
Foto: José de Oliveira B. Filho.


Calçadão da Rua João Pessoa - 2º trecho - Foto atual.
Foto: José de Oliveira B. Filho.





Calçadão da Rua João Pessoa - 1º trecho -Foto atual.
Foto: José de Oliveira B. Filho.




Calçadão da Rua João Pessoa.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.088 - 13/14.08.1978.



Calçadão da Rua João Pessoa.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.088 - 13/14.08.1978.



Construção do Calçadão da Rua João Pessoa.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.064 - 09.10.1978.




Construção do Calçadão da Rua João Pessoa.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.038 - 09.06.1978.



Assinatura do Contrato para a construção do Calçadão da Rua João Pessoa.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.004 - 19.04.1978.





Rua João Pessoa.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.972 - 09.03.1978.



Rua João Pessoa.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.972 - 09.03.1978.



Rua João Pessoa - 1º trecho - À esquerda o Edifício Mayara.
Jornal A Cruzada nr. 873 - 30.01.1954.



Rua João Pessoa - 2º trecho - À direita o Bonde.
Foto: Revista de Aracaju - 1944.



Rua João Pessoa - 3º trecho - À esquerda o Hotel Marozzi.
Foto: Revista de Aracaju - 1943.





A Rua João Pessoa já foi conhecida como Rua do Barão, pelo fato de João Gomes de Melo, o Barão de Maruim, ter alí construído várias casas, da Conceição, até 1873, Japaratuba e na década de 30, através de uma campanha liderada pelo Poeta José Freire Ribeiro, passou a ser chamada de João Pessoa em homenagem ao Líder Político Paraibano. Ela tinha início nas imediações da Praça Fausto Cardoso(Intendência Municipal, atual Edifício Walter Franco) e terminava nas proximidades da antiga Estação Ferroviária, próximo ao Mercado Thales Ferraz, totalizando 07 quarteirões. Hoje são apenas 03.
Suas calçadas que tanto foram utilizadas por aqueles que iam às compras em seu comércio e nos finais de semana as utilizavam para a prática do "footing", não existem mais. Na década de 70, na administração do Prefeito João Alves Filho, foi construído um moderno Calçadão, com o Projeto do Arquiteto Jaime Lerner.


José de Oliveira B. Filho.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

CENTRO OPERÁRIO SERGIPANO

Local onde funcionou o Centro Operário Sergipano - Foto atual.
Foto: José de Oliveira Brito Filho.


Sede do Centro Operário Sergipano à Rua de Santo Amaro.
Almanack de Sergipe nr. 5 - 1934.




Passeata dos Operários no 1º de Maio.
Almanack de Sergipe nr. 5 - 1934.





Operários em frente à algumas Sedes de Sindicatos na Rua Laranjeiras.
Almanack de Sergipe nr. 5 - 1934.



"O "Centro Operario Sergipano", fundado em 1911, é a mais antiga agremiação proletaria do Estado, e foi a que primeiro arregimentou a classe trabalhadora, no sentido de, unida ás outras sociedades operarias do paiz, luctar pela conquista de melhorias economicas e propagar os principios do Socialismo preconizado por Carlos Marx.
O proletariado sergipano que há annos se conservava indifferente ás questões sociaes, não cogitava de unir-se para protestar pelo cumprimento dos seus direitos postergados.
O syndicalismo veio despertal-o, e logo, os trabalhadores de Sergipe, attenderam ao appelo dos camaradas das grandes capitaes do paiz, e, num gesto altivo e louvavel, organizaram-se em Sindicatos de classe, fundaram a Federação Sergipana do Trabalho, o partido politico Alliança Proletaria, afim de se fazeram representar nas Assembléas Legislativas, e, ultimamente, foi fundada uma Frente Unica Sergipana que tem como principal objectivo estabelecer a unificação das classes productoras deste Estado, para dar combate ao Integralismo, ao imperialismo e a guerra, o operariado sergipano uniu-se desta maneira ao (NEP) novo exercito proletario do Brasil.
Foi a historia que nos ensinou a direcção que haviamos de tomar. O Syndicalismo é o ponto de partida para as grandes conquistas dos trabalhadores. E, assim, organizados existem em Sergipe 20 Syndicatos, de quasi todas as classes, e uma Federação que será brevemente filiada a Confederação dos Trabalhadores do Brasil, que tem a sua séde no Rio de Janeiro, ficando, pois, os operarios do Estado de Sergipe em situação favoravel, para, com exito, enfrentar o inimigo que se lhes depara, ante os ultimos acontecimentos e transições inevitaveis das sociedades.
Os clichés que illustram essas paginas comprovam bem as referencias feitas nesta nota. No dia 1º de Maio do anno passado os operarios desta capital não ficaram placidamente em suas casas. Organizaram uma grande passeata, pelas ruas da cidade, e fizeram comicios nas praças publicas, em signal de protesto contra as injustiças patronaes, pois, foi nesse dia, no anno de 1886, que cansados de soffrer, levaram a effeito o seu primeiro protesto de povo opprimido. Foi um dia de protesto, e não de festa, o ultimo 1º de Maio, contra os tyranos que suppliciaram nossos valentes camaradas de Chicago, e contra os que depois, agora e sempre, continuam a massacrar os que se batem pela conquista de nossas urgentes necessidades e de nossas inadiaveis garantias sociaes e economicas..."


Texto original " A Posição do Operariado de Sergipe" de José Nunes da Silva, In:

Almanack de Sergipe nr. 5 Ano IX, 1934 p 250 a 253.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

CAMINHADA PELO CENTRO HISTÓRICO DE ARACAJU

Alunos do CAIC no Coreto da Praça Fausto Cardoso.
Foto: José de Oliveira B. Filho.

Alunos em frente a Estátua de Fausto Cardoso - Praça Fausto Cardoso.
Foto: José de Oliveira B. Filho.


Alunos em frente a Catedral Metropolitana.
Foto: José de Oliveira B. Filho.


Alunos no Parque Teófilo Dantas.
Foto: José de Oliveira B. Filho.



Alunos na parte superior do Mercado Antonio Franco.
Foto: José de Oliveira B. Filho.

Alunos no Mercado Thales Ferraz.
Foto: José de Oliveira B. Filho.

Alunos na parte superior do Mercado Antônio Franco.
Foto: José de Oliveira B. Filho.


Professor José de Oliveira e os alunos - Mercado Antonio Franco.




Hoje, 04 de junho, os alunos da 8ª série do CAIC Ministro Geraldo Barreto Sobral - Bairro Industrial, participaram de uma caminhada pelo Centro Histórico de Aracaju. Como atividade complementar da Disciplina Sociedade e Cultura, a caminhada teve o objetivo de apresentar aos alunos as primeiras edificações da Cidade de Aracaju. Na ocasião eles conheceram a Avenida Rio Branco(antiga rua da Aurora), Ponte do Imperador, Praça Fausto Cardoso, Praça Almirante Barroso, Praça Olímpio Campos, Parque Teófilo Dantas, Catedral Metropolitana, Cacique Chá, o Prédio da Antiga Escola Normal, Instituto Histórico e Geográfico, Rua Laranjeiras, Igreja São Salvador, Travessa Deusdeth Fontes(antigo Beco do Açúcar), Rua João Pessoa, Praça General Valadão(antiga Praça da Cadeia), Rua José do Prado Franco, Rua Santa Rosa e os Mercados Antônio Franco e Thales Ferraz.