sábado, 29 de agosto de 2009

A EXPLOSÃO QUE ABALOU ARACAJU

Casas destruídas pelo impacto da explosão.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.760 - 14/04/1981.


Bombeiros com o que restou dos explosivos.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.760 - 14/04/1981.


Jornal da Cidade nr. 2.266 - 20/21/22/04/1980.




Jornal da Cidade nr. 2.297 - 29/05/1980.






Governador Augusto Franco e o Prefeito Heráclito Rollemberg visitam o local da tragédia.
Jornal da Cidade nr. 2.262 - 15/04/1980.





Prefeito Heráclito Rollemberg visita as obras de reconstrução das casas.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.393 - 19/04/1980.





No dia seguinte à explosão, populares foram verificar os destroços.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.389 - 15/04/1980.






Desabrigados da explosão - Colégio Municipal Freitas Brandão.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.390 - 16/04/1980.







Moradores à procura do que restou de suas casas.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.389 - 15/04/1980.







Trabalho conjunto dos soldados do Exército, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e de populares.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.389 - 15/04/1980.







Remoção dos escombros.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.389 - 15/04/1980.







Várias casas foram destruídas pelo impacto da explosão.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 6.389 - 15/04/1980.






No dia 13 de Abril de 1980, um domingo, à 23:45, uma grande explosão deixou a população de Aracaju atônita. A princípio não se sabia de onde vinha tal barulho. Uma multidão correu para a antiga Fábrica de Cimento que se situava na Rua do Acre, imaginando que uma das caldeiras havia explodido. Lá chegando, foram recepcionados pelo vigia que os informou que nada de anormal tinha ocorrido por lá. A explosão de fato ocorreu na Avenida Cotinguiba (Bairro Suissa) atual Edézio Vieira de Melo, mais conhecida depois dessa tragédia como "Avenida da Explosão".
Um depósito clandestino de fogos de artifício e dinamite, que media 6m x 3,5m, estava localizado no porão da residência de um Sub-Tenente do Corpo de Bombeiros. Além de revender os fogos de artifícios, o Su-Tenente negociava as dinamites com pedreiras e firmas de construção civil. Para tal feito, ele utilizava um veículo Kombi para o transporte dos explosivos, para que ninguém soubesse.
Segundo os jornais, a explosão causou danos num raio de aproximadamente 10km, destruindo 96 casas, somente nas proximidades do depósito de explosivos. Telhados, portas, vidraças, janelas arrancadas violentamente dos caxilhos e móveis causaram ferimentos a 200 pessoas e e deixaram um saldo de 12 mortes(dentre elas um filho e a nora do Sub-Tenente) e 150 famílias ficaram desabrigadas. No Colégio Municipal Freitas Brandão, que fica próximo ao local da tragédia, o telhado de amianto foi inteiramente destruído. No Hospital Cirurgia e na Clínica Santa Helena vidraças foram destruídas, bem como, algumas residências nos Bairros São José, Siqueira Campos e até do Santo Antonio. A residência do Sub-Tenente, que tinha 02 andares) ficou totalmente destruída, bem como os 02 veículos que se encontravam na garagem: uma Kombi e um opala. Ele e a esposa que se encontravam no local, com o impacto, foram jogados para o meio da Avenida bastante feridos. Por um milagre não vieram a falecer. Na noite da explosão, homens do Exército, Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros tentavam resgatar os feridos debaixo dos escombros, contando com a ajuda de populares que conduziam os feridos até as ambulâncias. As Emissoras de Rádio abriram grandes espaços em suas programações para detalhar o ocorrido.
Parte dos desabrigados ficaram alojados na Escola Municipal Freitas Brandão e posteriormente foram remanejados pela COHAB, para casas no Conjunto Assis Chateaubriand (Bugio). O Governo do Estado e a Prefeitura ajudaram na reconstrução das casas.

36 comentários:

Dedinha Ramos disse...

Adorei o post! Eu não sabia dos detalhes dessa tão falada "avenida da explosão" , muito interessante e trágico.
Obrigada!

historiadora disse...

nossa, minha mãe me falou sobre esse acomtecimento.na época tinha apenas três meses de nascida, ela estava comigo no colo próxima a geladeira quando a mesma estreceu.

Nino disse...

EU TINHA APROXIMADAMENTE 5 ANOS DE IDADE,FUI UMA DAS VÍTIMAS ( MORADOR DA VILA DE "TOINHO"),ENTRE AS 12 VÍTIMAS QUE MORRERAM ESTAVAM UMA TIA E UM PRIMO MEU QUE TINHA ACABADO DE CHEGAR DE VIAGEM.APROXIMADMENTE 1 ANO APÓS,ACONTECEU O INCÊNDIO DO "EDIFÍCIO JOELMA".HOJE EU E AS DEMAIS VÍTIMAS QUE AINDA ESTÃO VIVOS,QUANDO VEMOS PELA TELEVISÃO COISAS "DESSE TIPO",REVIVEMOS A TRÁGICA CENA QUE ATÉ HOJE NÃO SAI DE NOSSAS MENTES,COMO ESSE DESABAMENTO DOS PRÉDIOS NO RIO DE JANEIRO.

Anônimo disse...

No site do bareta essa matéria, sem mudar absolutamente nada, foi postada como se fosse de autoria deles. http://sitedobareta.com.br/cidade/hoje-32-anos-da-explosao-na-avenida-edezio-vieira-de-melo-13-04-2012/ lamentável a iniciativa deles.

Anônimo disse...

O site do bareta diz apenas que o POST foi criado pelo bareta e não a matéria. Vide a fonte, após os textos, citando o blog aracaju antigga.

Unknown disse...

Eu morava na rua Suica,foi horrivel a explosao parecia ate que o mundo tava se desmoronando,tive bastante medo e era muito assustada com toda aquela gente que gritava na minha frente ,gente desesperada,na avenida do Toinho cairam todas as casas e nos deverias ajudar a desxcavar as pessoas que ainda tavam com vida,foi muito triste reviver isso,tive que morar na escola Freitas Brandao onde estudava antes da explosao,Perdir uma grande amiga de familia,que infeslismente,quando tiramos de baixo da terra deu seu ultimo suspiro e se foi,tenho isso ate hoje guardado dentro de mim,foi muito triste mesmo!!!

Anônimo disse...

Eu estava lá, foi horrivel.

Unknown disse...

muito legal esse comentario naci em 1991 e ouvia fala mas nunca niguem mim falo a verdade mas esse comentari mim ajudou muito obrigado

Anônimo disse...

tinha 1 ano de idade, minha tia mora ali próximo da avenida, estudei no colégio Freitas Brandão, mais nunca soube como foi esse acontecido, só ouvia falar... parabéns pelo texto e pela matéria muito bem detalhada.

Anônimo disse...

Eu tinha 15 anos de idade e morava há pouco mais de 500 metros da casa que abrigava o depósito clandestino de fogos e explosivos. Na hora do evento, fui jogado ao chão pelo impacto, a casa aonde morávamos ficou com as paredes rachadas, janelas e portas foram arrancadas. Mas, nada comparável ao cenário de horror representado pelas casas do entorno. Na hora, todos correram para as ruas e permitam-me acrescentar que não se achava apenas que tinha sido uma explosão vinda da fábrica de cimento da Votorantim na avenida Ruo de Janeiro. Na verdade, na hora do acontecimento, foram várias especulações, como por exemplo, de que teria sido a queda de um avião, a explosào no posto de gasolina ou até mesmo da subestação da Energipe na avenida Hermes Fontes. Lembro de um dos tantos "heróis" anônimos que imediatamente e antes até mesmo da chegada do socorro oficial, começaram a entrar nos destroços das casas da vila e retirar sobreviventes. Com certeza, essa iniciativa pouco lembrada salvou muitas vidas. Uma dessas pessoas, contemporâneo de minha época de jovem, era tido como "maloqueiro" do bairro e era conhecido como "jegue de pano". Faço essa referência porque o que predominou na noite e madrugada da tragédia era uma imensa multidão cuja atitude era de mera curiosidade diante do acontecimento. Caso fosse hoje, o comportamento desse tipo de gente seria, com certeza, o de publicizar pelas redes sociais a dor e a tristeza alheia ao invés de estabelecer o que mais se necessita em uma hora dessas: a desejada e importante solidariedade.

Anônimo disse...

Retificando post acima: "... morava a pouco mais de 500 metros..."

Anônimo disse...

Eu nasci de 7 meses por causa dessa explosão.minha mãe estava deitada e morava no bairro cirurgia.onde os vidros da casa se quebraram

Unknown disse...

Muito bom!!!
Parabens pelo post!

Tânia Santana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tânia Santana disse...

Eu era adolescente e dormia no momento. Acordei com o estrondoso barulhlo. Morávamos na rua José Pires Winne, eu, meus pais e três irmãos. A porta da frente foi literalmente arrancada e nosso pai teve que passar o resto da noite á entrada da casa. Foi terrível.

Tânia Santana disse...

Removido por erro de digitação*

Unknown disse...

Nossa não sabia desse acontecimento.

Unknown disse...

Lembro muito bem. Eu tinha 15 anos e morava na Av. Desembargador Maynard (frente ao hospital cirurgia).
As vidracas da minha janela quebraram.

junior bill disse...

Minha foi vitima da explosão morava vizinho e o prefeito nem o governador ajudou ninguem pelo contrario qria ficar com os terrenos de todos

Unknown disse...

Verdade, tinha 16 anos na época, e morava no conjunto Médici onde senti a casa tremer.
Depois de perder a casa, o sargento foi morar no Conjunto Médici, e todo mundo ficou com medo de uma nova explosão.

Bretane Júnior disse...

Que legal!
Meu pai trabalhou no dia, é militar do Bombeiro, e conheceu bem o Subtenente Pedro. Algumas coisas batem com os relatos dele, outras não. Segundo ele os 12 óbitos foram atestados na hora, tiveram mais que parece não terem resistido aos ferimentos. Assim ele fala...gosto muito de ouvir os relatos dele dessa ocorrência e de uma que este fala do desabamento do mercado central.

Unknown disse...

Eu me lembro desse dia...eu tinha quase 4 anos e lembro de alguns flashs. Eu e 2 irmãs minhas, na época, estávamos passando um tempo na casa de uma Sr@. que chamávamos de tia Lourdes, que morava na rua Porto da Folha. Meu pai havia se separado de minha mãe e estávamos sob os cuidados dele e dessa tia. Na noite da explosão, a porta da casa dela se abriu e, todos, exceto minha irmã mais velha, acordaram. Meu pai, que trabalhava e dormia na Bahema, hoje no terreno é a Maracar, ouviu o estrondo e as notícias no rádio. Chegou na casa de minha tia em minutos, muito desesperado. No outro dia, logo cedo, lembro da grande movimentação nas ruas, 1 bb recém-nascido havia morrido soterrado, próximo à casa de minha tia e várias casas tiveram janelas e portas quebradas e arrancadas. Minha avó materna, logo cedo, saiu da cidade de Laranjeiras e chegou lá na casa de tia Lourdes. Foi muito triste... eu tinha pouca idade e lembro de fatos inesquecíveis.

Unknown disse...

A coisa foi feia,parabéns pelo post.

Unknown disse...

Lembro como se fosse hoje, eu morava no conj. D.PEDRO I.

Unknown disse...

Eu não tinha conhecimento desse fato. Triste tragédia ocorrida em Aracajú. Pesadelo dos brabos..

Unknown disse...

Eu tinha 8 anos mais lembro como se fosse ontem foi uma grande destruição

César Henriques disse...

Esse sargento não foi preso??

Unknown disse...

Faço a mesma pergunta...?????

carlossantanasgt@gmail.com disse...

Na Época eu Tava com uns 16anos não lembrava mais não,nesse dia foi muita zueira.������

Unknown disse...

Queria saber se o sargento foi preso!

Unknown disse...

Eu me lembro perfeitamente. Morava na rua riachuelo 884 quase esquina com lagarto. Tinha 11 anos. Táva assistindo cadal 20.a casa toda tremeu. Quando saímos na rua, tava todo mundo louco sem saber oque houve. Deu pra ver o cogumelo de fumaça .

Anônimo disse...

Eu lembro bem deste fato. Foi assombroso. Morava no Medice, em frente à ponte do Detran. Estava dormindo, quando fui acordado por uma onda de choque absurda. Tinha 12 anos nesta época.

Unknown disse...

Em 1978, fui livrado por Deus de um outro fato: o ciclone nos mercados. Eu me recusei a ir para a feira naquele sábado com a minha mãe. E aí, não fomos. Costumávamos andar exatamente na área q foi atingida. Foi outro fato horrível!!!!

Anônimo disse...

Eu sou americano mais morava bem perto e nunca vou escecer. Tina 10 anos de idade e Estevdormindo

Anônimo disse...

Ja faz 36 anos que eu Moro nos Estados Unidos e tenho muita saudade do Brasil e Aracaju o lugar da minha infancia. Lembro andando na rua com meus amigos e Niguem Sabia o que Tinha acontecido. For Uma tristesa as Pessoas que perderao a Vida mais o amor dos Sergipanos ajudando Estava em to-dos. ❤️ Brasil

Anônimo disse...

Neste dia, eu e mais alguns colegas chegamos, a tarde, em Aracaju, transferidos da Petrobrás do Rio de Janeiro.
Hospedamos no Hotel Palace, lá no Centro e a noite fomos surpreendidos com um abalo.
De manhã soubemos do que aconteceu.
Um dos vidros do Banco do Brasil estourou.
Como não conhecíamos nada, fomos nos apresentar e acabamos dispensados, pois as instalações da rua Acre também sofrera danos e necessitava de avaliação.
Muitas histórias trágicas e algumas engraçadas surgiram naquela época.
Apesar da recepção ficamos raízes nesta terra maravilhosa e hospitaleira.
Viva Aracaju!