Foto: José de Oliveira B. Filho
Rua Marechal Deodoro, trecho entre as Ruas Riachão e Aristides Bispo - Foto atual.
Foto: José de Oliveira B. Filho
Foto: José de Oliveira B. Filho
Ladeira da Rua Marechal Deodoro da Fonseca
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 3.206 de 31.05.1967.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 3.206 de 31.05.1967.
Rua Marechal Deodoro da Fonseca, trecho entre as Ruas Riachão e Aristides Bispo.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 4.897 de 14.10.1974.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 4.897 de 14.10.1974.
Rua Marechal Deodoro da Fonseca, trecho entre a Av. Canal e a Rua Porto da Folha.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 4.894 de 10.10.1974.
Meu avô Antonio Brito, ao mudar-se de Itabaiana para Aracaju, residiu nos primeiros anos na Rua de Estância, quase esquina com a Avenida Pedro Calazans. Com o tempo, adquiriu um grande terreno na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, Bairro Getúlio Vargas, no trecho compreendido entre as ruas Marechal Floriano Peixoto e Riachão, onde construiu sua casa. Com ele, moravam minha avó Zulmira e os seus sete filhos. Como o terreno era grande, meu avô o dividiu em lotes, e doou para cada filho, para que ali edificassem suas casas.
Jornal Gazeta de Sergipe nr. 4.894 de 10.10.1974.
Meu avô Antonio Brito, ao mudar-se de Itabaiana para Aracaju, residiu nos primeiros anos na Rua de Estância, quase esquina com a Avenida Pedro Calazans. Com o tempo, adquiriu um grande terreno na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, Bairro Getúlio Vargas, no trecho compreendido entre as ruas Marechal Floriano Peixoto e Riachão, onde construiu sua casa. Com ele, moravam minha avó Zulmira e os seus sete filhos. Como o terreno era grande, meu avô o dividiu em lotes, e doou para cada filho, para que ali edificassem suas casas.
Atualmente, devido à falta de segurança, muitas pessoas preferem morar em um condomínio fechado de casas. Nós da família Brito, já morávamos em uma espécie de condomínio, com uma grande área de lazer nos fundos, com coqueiros e outras árvores frutíferas. Costumávamos chamar de nosso sítio. As casas não possuíam cercas ou muros nos quintais, o que permitia que todos os familiares passassem de uma casa à outra, sem precisar utilizar a porta da frente. Durante muitos anos, nos fundos da casa de meu avô, existiu um poço com uma bomba que puxava água para servir à casa e a muitos moradores da Rua Marechal Deodoro e adjacências, incluíndo-se aí os da Comunidade da Maloca, que hoje é reconhecida como um Quilombo Urbano.
A respeito da Rua Marechal Deodoro, quem passa hoje por ela, nem imagina como ela era há 30 anos: de piçarra, com muitos buracos e o esgoto correndo a céu aberto.
Lembro-me de que quando ia para a escola de carro, com meu tio Rui, era necessário passar pela Rua Riachão, para então seguir para o centro pela Rua Laranjeiras. Era impossível para um automóvel subir a ladeira da Rua Marechal Deodoro e daí alcançar a Avenida Pedro Calazans. Vala, buracos e água de esgotos correndo pelo meio da rua. Na época de chuva então nem se fala!
Quando seguia para a escola a pé, me recordo da dificuldade em subir a tal ladeira: a pasta nas costas, a pisada cautelosa desviando das poças para não sujar o tênis que era branquinho, sem falar na subida, que era realmente muito cansativa. Durante o trajeto, eu gostava de olhar para a areia branquinha do morro da antiga Caixa d’água, nosso local de brincadeiras, ideal para soltar arraias e pipas. A antiga Caixa d’água foi construída no Governo de Graccho Cardoso, em 1924, sob o nome de Reservatório Auxiliar do Serviço de Abastecimento de Água da Capital, projetado pelo Sanitarista carioca Saturnino de Brito, no Morro do Cruzeiro, atual Centro de Criatividade. Durante muitos anos era possível ver uma placa fixada em uma residência situada na parte oeste da Caixa d'água, que continha a seguinte informação: Praça Saturnino de Brito. A Praça nunca foi construída e em boa parte do terreno onde se localizava a antiga Caixa d'água, foram construídas várias casas.
O triste aspecto da rua começou a mudar, quando o sucessor do Prefeito Cleovansóstenes de Aguiar (1971-1975), o Engenheiro João Alves Filho(1975-1979), assumiu a Prefeitura de Aracaju. O calçamento finalmente chegou à Rua Marechal Deodoro, com direito a animação feita por um Trio Elétrico no dia da inauguração. Foi uma festa só. Aliás, ela sempre teve um aspecto festivo, graças à iniciativa de alguns moradores, dentre eles, Maroaldo, filho de Seu Duda e Dona Olga. Maroaldo é ex-integrante do antigo grupo musical Bolo de Feira e sempre promove a tradicional Queima de Judas e as Quadrilhas de São João, além de organizar viagens para o interior de Sergipe e outros estados.
Já o Prefeito Viana de Assis (1988-1989), que sucedeu Jackson Barreto, fez questão de mandar asfaltar a nossa querida rua, inaugurando-a com uma passeata, seguida por uma bandinha de música. Viana de Assis tinha morado com os pais nessa rua, em uma residência onde tempos mais tarde funcionou a bodega de Dona Vitorinha. Foi segundo Viana de Assis, a concretização de um sonho antigo, um presente para os moradores da Rua Marechal Deodoro da Fonseca.
José de Oliveira Brito Filho
Lembro-me de que quando ia para a escola de carro, com meu tio Rui, era necessário passar pela Rua Riachão, para então seguir para o centro pela Rua Laranjeiras. Era impossível para um automóvel subir a ladeira da Rua Marechal Deodoro e daí alcançar a Avenida Pedro Calazans. Vala, buracos e água de esgotos correndo pelo meio da rua. Na época de chuva então nem se fala!
Quando seguia para a escola a pé, me recordo da dificuldade em subir a tal ladeira: a pasta nas costas, a pisada cautelosa desviando das poças para não sujar o tênis que era branquinho, sem falar na subida, que era realmente muito cansativa. Durante o trajeto, eu gostava de olhar para a areia branquinha do morro da antiga Caixa d’água, nosso local de brincadeiras, ideal para soltar arraias e pipas. A antiga Caixa d’água foi construída no Governo de Graccho Cardoso, em 1924, sob o nome de Reservatório Auxiliar do Serviço de Abastecimento de Água da Capital, projetado pelo Sanitarista carioca Saturnino de Brito, no Morro do Cruzeiro, atual Centro de Criatividade. Durante muitos anos era possível ver uma placa fixada em uma residência situada na parte oeste da Caixa d'água, que continha a seguinte informação: Praça Saturnino de Brito. A Praça nunca foi construída e em boa parte do terreno onde se localizava a antiga Caixa d'água, foram construídas várias casas.
O triste aspecto da rua começou a mudar, quando o sucessor do Prefeito Cleovansóstenes de Aguiar (1971-1975), o Engenheiro João Alves Filho(1975-1979), assumiu a Prefeitura de Aracaju. O calçamento finalmente chegou à Rua Marechal Deodoro, com direito a animação feita por um Trio Elétrico no dia da inauguração. Foi uma festa só. Aliás, ela sempre teve um aspecto festivo, graças à iniciativa de alguns moradores, dentre eles, Maroaldo, filho de Seu Duda e Dona Olga. Maroaldo é ex-integrante do antigo grupo musical Bolo de Feira e sempre promove a tradicional Queima de Judas e as Quadrilhas de São João, além de organizar viagens para o interior de Sergipe e outros estados.
Já o Prefeito Viana de Assis (1988-1989), que sucedeu Jackson Barreto, fez questão de mandar asfaltar a nossa querida rua, inaugurando-a com uma passeata, seguida por uma bandinha de música. Viana de Assis tinha morado com os pais nessa rua, em uma residência onde tempos mais tarde funcionou a bodega de Dona Vitorinha. Foi segundo Viana de Assis, a concretização de um sonho antigo, um presente para os moradores da Rua Marechal Deodoro da Fonseca.
José de Oliveira Brito Filho
Um comentário:
Olá!!
Sou Franklin Timóteo, Bacharel em Ciências Sociais pela UFS. Atualmente, estou no mestrado em Ciências Sociais da UFRN e desenvolvo um processo de dissertação com a Comunidade Maloca no Bairro Getúlio Vargas. Primeiramente,gostaria de Parabenizar o trabalhos de vocês. Contudo, gostaria de algum email de contato, para trocarmos algumas informações quanto ao trabalho de vocês. Meu email é: visaocultural@yahoo.com.br
Desde já agradeçoa a atenção.
abraços!!
Franklin Timóteo - UFRN
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