Aquelle cravo branco que ostentava
A ventura sem par de ser escravo
Da tua nivea mão onde sonhava.
Mas presentindo, amor, o meu desejo,
Doridamente o cravo despertou
Do sonho angelical e num arquejo
Na tua nivea mão se desfolhou.
Meu coração, amor, foi o culpado,
E por isso eu maldisse o coração,
Ao ver o cravo branco perfumado,
Sonhador e feliz até então,
Agora tristemente desfolhado
Na tua nivea e sentinosa mão.
Jacintho de Figueiredo
Fonte: Revista de Sergipe nr. 11 - 1929.
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